Rolling Stones


Créditos: Getty Images

Mick Jagger completa nesta sexta-feira 70 anos sem que a idade e os excessos tenham minado sua energia arrasadora nem o indiscutível magnetismo do líder dos Rolling Stones, que ainda enlouquece multidões sempre que sobe aos palcos.

Septuagenário, cheio de rugas e pai de sete filhos, Jagger é uma das figuras mais veneradas do rock e está soprando velinhas com uma forma física que já resistiu aos abusos de álcool e drogas de sua juventude e com espírito ainda jovem.

Em seu currículo estão vários tropeços com a Justiça por motivos como porte ilegal de entorpecentes, desordem pública e até bater em um jornalista – episódios que já fazem parte da fascinante história de Jagger.

Hoje essa atitude de adolescente rebelde ficou no passado. Em recente entrevista a uma revista britânica, Jagger confessou que faz exercícios regularmente e alterna o esporte com a dança, isso sim, “sem enlouquecer”.

Mas o britânico não é um idoso comum. Suas sessões de ginástica contribuíram para conservar a sexy, peculiar e inimitável dança que Jagger faz com os quadris no palco.

Imune aos danos do tempo, o ‘stone’ demonstrou estar em plena forma neste verão, ao tocar no dia 29 de junho pela primeira vez em 50 anos de carreira no festival de Glastonbury. Lá realizou, com os Rolling Stones, um megaespectáculo de mais de duas horas.

Com aspecto rejuvenescido, voltou a “incomodar” em 6 de julho em outro show no Hyde Park, onde a banda repetiu um mítico espetáculo de 1969.

O fato de que todas as entradas tenham sido vendidas – as mais baratas a 150 libras (R$ 514) – provou que o apelo não tem data para acabar.

No Reino Unido, sua vida pessoal sempre deu pano para a manga, fosse por seus amores e sua fama de incorrigível mulherengo, fosse pelo destaque midiático que herdaram, além disso, alguns de seus filhos, como as duas filhas modelos, Elizabeth e Geórgia Mai, fruto de um segundo casamento com a americana Jerry Hall, e o brasileiro Lucas Jagger.

Fã da literatura, das histórias em quadrinhos, da pintura moderna, da escultura e da poesia, se casou em Bali pela primeira vez em 1971 com a ativista nicaraguense Bianca Jagger, que ainda conserva o sobrenome do músico, e de cuja união, que acabou em 1979, nasceu a estilista Jade, outra habitué dos tablóides.

As infidelidades do cantor voltariam a acontecer, aparentemente, em seu segundo casamento com a modelo texana Jerry Hall e a fama de mulherengo nunca o abandonou.

Atualmente, parece ter encontrado estabilidade com a estilista L’Wren Scott, de 46 anos, com quem foi visto em 17 de julho comemorando antecipadamente 70 anos em um clube privado de Londres.

Em 2003, foi nomeado cavaleiro da Ordem do Império Britânico e, no ano passado, nomeado embaixador da candidatura olímpica dos Jogos Olímpicos de Londres.

Nascido em Dartford, no condado inglês de Kent, em 26 de julho de 1943, Jagger é filho de um professor de educação física e uma dona de casa australiana, e recebeu sua “flechada musical” quando era só um adolescente que tirava notas brilhantes e que se matricularia na prestigiada London School Of Economics (LSE).

Embora seu nome seja inevitavelmente ligado aos Stones, um dos grupos de rock mais respeitados e antigos do mundo, que fundou em abril de 1962 com apenas 18 anos, suas inquietações o levaram a se envolver em diversos projetos.

O grupo, – que fundou com Keith Richards (guitarra), Ron Wood (baixo) e Charlie Watts (bateria) – vendeu mais de 200 milhões de discos e publicou 24 álbuns, o último, “GRRR!” no ano passado.

Álbuns como “Beggars Banquet” (1968), “Sticky Fingers” (1971) e “Exile on Main St.” (1972) continuam fascinando legiões de admiradores.

Em sua carreira solo, que começou em meados dos anos 1980, Jagger colaborou com nomes como “The Jacksons” no single “State of Schock” (1984), Tina Turner no “Live Aid” e com David Bowie no videoclipe “Dancing in the street”.


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Ainda enlouquecendo multidões, Mick Jagger completa 70 anos