O ano de 2018 será de muito trabalho para o Sepultura. O maior nome do metal brasileiro, e um dos mais importantes do mundo, segue divulgando o aclamado álbum Machine Messiah, lançado em 2017, e já tem mais de quarenta shows agendados ao redor do globo nos próximos meses. Mas, antes de pegar o avião rumo ao exterior a banda se apresenta dia 13 de janeiro na Arena Mix, em Mogi das Cruzes, SP, no único show em terras brasucas agendado até o momento. Em exclusiva ao Virgula, o guitarrista Andreas Kisser adiantou um pouco do que está por vir:
“Em fevereiro vamos tocar em um navio na Flórida, EUA. Depois vamos para a Europa em uma turnê de cinco semanas em que seremos headliner, e em maio seguimos para Nova Zelândia, Austrália e Japão. Na sequência voltamos para a Europa em agosto para fazer os festivais de verão. Não vamos parar um segundo este ano”, conta Andreas por telefone, e promete uma novidade aos fãs: “No segundo semestre vamos lançar o filme ‘Sepultura Endurance’ em formato DVD com várias horas de extras e com o show completo gravado em São Paulo”.
Portanto, 2018 também será de celebração, pois comemora-se 20 anos do lançamento do álbum Against, o primeiro trabalho de estúdio com Derrick Green nos vocais, que entrou na banda após a saída brusca de Max Cavalera em dezembro de 1996. “Against é o álbum mais importante da nossa história, porque quando o Max saiu não perdemos só o vocalista, também foi embora a estrutura inteira que o Sepultura demorou dez anos para construir. Perdemos empresária, gravadora, etc. Tivemos que recomeçar do zero e o ‘Against’ manteve a banda unida, com um propósito”, relembra o guitarrista sobre a situação mais difícil que enfrentaram. “Inicialmente nós compusemos o ‘Against’ inteiro em trio, depois o Derrick chegou e completou o time. Foi o álbum que serviu para nos manter juntos e nos fortalecer”, completa.
Formação do Sepultura em 1997, com Igor Cavalera, Paulo Jr, Derrick Green e Andreas Kisser
Atualmente, além de Andreas e Paulo Jr., ambos da formação clássica, e Derrick que está com eles há mais de 20 anos, também integra o grupo o baterista Eloy Casagrande. A formação segue firme e forte desde 2011 e o guitarrista comenta: “Todas as formações que tivemos são relevantes e representam o Sepultura. Colocamos a banda no mapa com uma formação e depois fomos mudando. Se não fosse pelos discos antigos não estaríamos onde estamos. Mas, a formação mais importante é a atual, com certeza, pois é a que está vivendo o presente, fazendo as coisas acontecerem e levando a banda pra frente e em caminhos diferentes”.
Sobre as mudanças que permearam a carreira do Sepultura, Andreas faz comparações: “Várias bandas passam por isso. É normal. O Deep Purple, Black Sabbath, Rainbow e Whitesnake são alguns exemplos; o tempo passa, rolam várias coisas internas, várias mudanças, mas as bandas estão aí na ativa, continuando. No final das contas é até saudável essas trocas de integrantes, pois possibilidades musicais se abrem, de poder trabalhar com outras pessoas”.
“E, com o Sepultura, que tem 33 anos de carreira, seria inevitável não ter acontecido alguma mudança, pois atravessamos muitas coisas nesse tempo todo, não só na banda, mas em várias transformações no mercado da música, que foi do vinil para o CD, do CD para o mp3, do grunge para o new metal, etc. E seguimos guerreiros, fazendo o que curtimos com uma legião de fãs sensacional que mantém a banda empolgada”, celebra Andreas, pronto para 2018.
SERVIÇO:
Arena Rock Fest apresenta Sepultura
Quando: 13 de Janeiro – sábado, à partir das 17h
Onde: Arena Mix – Rua Cabo Diogo Oliver, 957, Mogi das Cruzes, São Paulo
Classificação Etária: 14 anos
Ingressos: de R$ 40 a R$ 80
Onde comprar: https://www.ingressorapido.com.br/venda/?id=3085#!/tickets
Sepultura na Audio Club, em São Paulo
Créditos: Sérgio Fernandes/Virgula