O julgamento de um processo por quebra de contrato que opõe a roqueira Courtney Love à gravadora Universal Music foi adiado na terça-feira, enquanto as duas partes levam adiante as discussões visando um acordo fora do tribunal.
Fontes próximas ao caso disseram que é provável que um acordo seja alcançado, tornando desnecessário o julgamento.
Representantes da Universal Music, a maior gravadora mundial, e o advogado da roqueira, Barry Cappello, não quiseram comentar a notícia.
O caso remete a dezembro de 1999, quando Courtney Love, viúva do líder da banda Nirvana, Kurt Cobain, decidiu parar de gravar para a Geffen, uma unidade da Universal Music.
No ano passado o selo abriu processo contra Love, pedindo milhões de dólares de danos por cinco álbuns que ela não gravou.
Enquanto isso, Courtney Love abriu um contra-processo, também em 2001, alegando que a empresa deixou de lhe pagar uma quantia substancial em direitos autorais que lhe seria devida.
Se o caso for a julgamento, a queixa da Universal e a contra-queixa de Love serão julgadas juntamente. O julgamento foi marcado para 3 de setembro.
Se Love chegar a um acordo com a Universal, será a segunda integrante conhecida de uma coalizão de artistas pop que estão desafiando práticas das gravadoras a resolver amigavelmente uma disputa desse tipo.
Em junho, o trio premiado Dixie Chicks — que também integra a Coalizão de Artistas de Gravação, composto de Don Henley, Billy Joel, Sheryl Crow e vários outros — resolveu uma disputa com a Sony Music Entertainment 10 meses depois de acusar sua gravadora de “ladroagem sistemática”.
Courtney Love também faz parte do grupo, que sofreu um revés importante na semana passada, quando um senador norte-americano revogou seu apoio a um projeto de lei polêmico que tinha assinado em nome dos artistas.
Numa disputa separada, em Seattle, Love está processando os membros remanescentes do Nirvana pela posse das gravações e canções da banda. O caso envolve milhões de dólares em direitos autorais.
