Adele
Créditos: Reprodução / The Mirror
Com uma legião de fãs torcendo por sua recuperação de uma cirurgia nas cordas vocais, Adele, uma das cantoras britânicas de maior destaque atualmente, lançou nesta segunda-feira o CD e DVD Live At The Royal Albert Hall.
Apesar de não seguir exatamente os padrões da indústria fonográfica, Adele surpreendeu o Reino Unido em 2008 ao ser nomeada “artista revelação” pelos críticos da rede de televisão BBC. Pouco tempo depois, tornou-se uma sensação da música britânica, assim como Amy Winehouse, Dido e Leona Lewis.
Neste seleto grupo, apenas Adele, Lewis e Dido participam do “clube” das cantoras que se mantiveram durante pelo menos seis semanas consecutivas no topo das paradas musicais do país.
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Mesmo com dois álbuns de sucesso e milhares de fãs, a cantora, de 23 anos, viu sua carreira ameaçada por conta de problemas de saúde. No início do mês, Adele foi operada nos Estados Unidos após ser diagnosticada com um pólipo benigno em suas cordas vocais.
Os problemas de saúde de Adele começaram em janeiro, com uma laringite. Em setembro, a cantora voltou a ser diagnosticada com uma infecção nas vias respiratórias. Por conta de hemorragias, a cantora britânica teve que ser submetida à operação, o que a obrigou a cancelar dez shows nos EUA e seis no Reino Unido.
Enquanto Adele se concentra em sua recuperação, cumprindo ordens médicas, nesta segunda-feira chegam às lojas do Reino Unido o DVD e o Blu-ray Live At The Royal Albert Hall, gravados no dia 22 de setembro.
Ambos os formatos são acompanhados de um exclusivo CD com 17 faixas de seus dois trabalhos anteriores, 19 e 21, assim como versões de I Can’t Make You Love Me, de Bonnie Raitt, e If It Hadn’t Been For Love, do The Steeldrivers.
O sucesso parece fazer parte da breve carreira da cantora, que já confessou sofrer de “pânico cênico grave”. Às vezes, Adele chega a vomitar antes de realizar seus shows.
Com uma mistura entre soul, blues e jazz, Adele arrasou em 2008 com seu primeiro álbum de estúdio, intitulado 19 (então sua idade), que vendeu mais de quatro milhões de cópias.
Com sua potente voz, a jovem seduziu a crítica e também um público variado. Em 2009, Adele ganhou dois prêmios Grammy, como Melhor Artista Revelação e Melhor Interpretação Pop Feminina.
Diferente do convencional, Adele conquistou seu espaço com sobriedade, usando roupas consideradas antiquadas, um tamborete, um piano, além de seus poderosos recursos vogais.
A sufocante pressão midiática que sofreu ao começar sua carreira, combinada com críticas mordazes em relação ao seu excesso de peso, fez Adele se retirar de cena durante uma temporada por esgotamento, segundo a imprensa britânica.
O fenômeno Adele só voltou ao topo das paradas com o lançamento de seu segundo álbum, 21 (também em referência à sua idade). O disco chegou ao topo das paradas em 17 países diferentes, sendo que em 16 semanas seguidas somente no Reino Unido. Até o momento, o disco já vendeu mais de 11 milhões de cópias no mundo todo. Segundo alguns críticos britânicos, a cantora vai atingir a marca de 13 milhões de cópias vendidas até o final do ano.
Em novembro, Adele também se tornou a primeira artista com mais downloads digitais na Europa, com um milhão em vendas online. O single Someone Like You foi lançado no iTunes e acabou batendo o recorde de downloads europeus da Apple.
Com o lançamento de 21, a artista bateu uma marca de ninguém menos que Madonna, tornando-se a cantora com mais semanas de permanência na primeira posição em vendas de álbuns.
A jovem britânica também alcançou outro recorde em abril, quando, assim como os Beatles, esteve com dois álbuns (19 e 21) e duas músicas (Rolling in the Deep e Someone Like You) simultaneamente entre entre os cinco primeiros das paradas britânicas.
Em maio, o jornal The Guardian considerou Adele como “a pessoa mais poderosa na indústria musical” em um ranking onde também apareceram Lady Gaga, Damon Albarn e Radiohead.