A música eletrônica tupiniquim estará muito bem representada no Lollapalooza Brasil, que rola dias 12 e 13 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O brasileiro Alok vai mostrar porque os seus beats, mais conhecidos pelo estilo new design, vem fazendo a cabeça da galera de todos os cantos do mundo.
“O new design faz parte da minha maneira de construir música usando referências do underground com elementos atuais”, explica o DJ brasiliense ao Virgula, e continua: “Tocar no Lolla é uma grande satisfação. Faz com que eu me sinta privilegiado e mais próximo de completar um ciclo, que é estar presente nos principais eventos nacionais”.
O Lollapalooza, que sempre foi um evento mais voltado ao indie e ao rock, tem dado bastante espaço a música eletrônica. Antes, o estilo era destinado a palcos menores e específicos. Hoje, ele domina os palcões (quem se lembra das apresentações incríveis de Calvin Harris, Skrillex e Major Lazer na edição de 2015?). “A música eletrônica atingiu outros níveis no Brasil, e é natural que mais espaços sejam abertos para aproveitar essa fatia do mercado. Quanto mais opções o visitante tiver, mais valor ele dará à marca. É um valor agregado à variedade totalmente necessário.”, opina Alok.
“Sabe, o EDM [Electronic Dance Music – estilo que levou a música eletrônica ao mainstream] veio pra conquistar mais adeptos e isso é sensacional. Se não fosse o EDM não recepcionaríamos grandes festivais no Brasil da forma que estamos fazendo. Todos deveriam agradecer e aplaudir a maneira que a cena se estende com o EDM como alicerce.”, fala Alok sobre a popularização da eletrônica.
Das atrações do Lolla, ele adianta quais quer ver: “Quero assistir ao Jack Ü, e como todo mundo, o Eminem“. E se fosse para fazer parceria com alguma atração do festival. Qual escolheria? “O Diplo. Por mais que a nossa linha de som seja bem distinta, talvez fosse legal esse desafio de criar algo novo com alguém considerado por mim um ícone da cena”, diz.
Aos 24 anos, Alok é um dos DJs mais comentados do mundo. Foi eleito o número 1 do Brasil pelos leitores da revista House Mag, e é o único brasileiro a figurar no Top 100 da revista inglesa DJ Mag.”Me sinto realizado nessa posição, mas não satisfeito. É um privilégio onde o respeito aumenta, mas as cobranças também. Então, eu fico em constante desejo de evolução e aprendizado. Preciso demonstrar o porque de ter conquistado esse espaço, e esse talvez seja o principal motivo da minha caminhada.”
Vai, Alok, voa que o mundo é seu.