O Sepultura é uma das maiores bandas de metal de todos os tempos. E me refiro ao gênero com um todo, não apenas em âmbito nacional. Com mais de 30 anos de carreira, a banda está lançando um documentário para retratar um pouco dessa história tão rica. O guitarrista Andreas Kisser falou sobre esse assunto com Itaici Brunetti (repórter do Virgula) e comentou, também, o veto de músicas da fase com os irmãos Cavalera no documentário.

O guitarrista está na banda desde 1987.

Sérgio Fernandes/Virgula O guitarrista está na banda desde 1987.

Formada no começo dos anos 80, os caras já venderam mais de 20 milhões de álbuns mundialmente, além de terem o prestígio de toda a cena metal como sendo uma das mais influentes das últimas décadas. Isso, por si só, seria um ótimo motivo para fazer qualquer fã da música pesada tirar a buzanfa da poltrona (como diria nosso querido Fausto Silva) e ir ao show que a banda realizou no último sábado (27) em São Paulo. Mas, se você ainda duvida que esses semi-dinossauros ainda têm muito a mostrar, aqui vão 7  motivos que fazem o Sepultura ainda ser a banda brasileira mais relevante:

1 – importância histórica

Como dito no primeiro parágrafo, a banda é uma das maiores entidades na história do heavy metal mundial, tendo sido citado como influência para bandas como Pantera, System of a Down, Korn e Slipknot entre muitas outras. Além disso, muitos artistas de outros gêneros reconhecem a importância da banda para a música brasileira em geral, sendo que nomes como Carlinhos Brown, Zé Ramalho, Júnior (da dupla Sandy e Júnior) e até mesmo Zé do Caixão reconhecem essa importância e já fizeram parcerias com o grupo.

Paulo Xisto (baixo) é o integrante que está a mais tempo no grupo.

Sérgio Fernandes/Virgula Paulo Jr. (baixo) é o único integrante que está na banda desde o começo.

2 – não pararam no tempo

Apesar de toda essa bagagem histórica, eles sabem que não teria como viver somente dos frutos do passado. A banda nunca parou (ao contrário do que muitos críticos possam sugerir) e tem se mostrado cada vez mais ativa: nos últimos 5 anos foram lançados 2 álbuns de inéditas (The Mediator Between Head and Hands Must Be The Heart e Machine Messiah), um EP (Under my Skin) e um ao vivo (Metal Veins – Alive in Rock In Rio), além de todo o trabalho da produção do documentário da banda e participações de integrantes (principalmente Andreas Kisser)  em outros projetos.

O vocalista, norte americano, entrou na banda em 1997, depois da saída de Max Cavalera. De lá pra cá, já gravou 8 álbuns de estúdio com o Sepultura.

Sérgio Fernandes/Virgula Derrick Green EUA), entrou na banda em 1997, depois da saída de Max Cavalera. De lá pra cá, já gravou 8 álbuns de estúdio com o Sepultura.

 

Andreas é, sem sombra de dúvidas um apaixonado pela música: as participações com os mais variados artistas provam isso

Sérgio Fernandes/Virgula Andreas Kisser: um apaixonado por música.

 

 

3 – a paixão de Andreas Kisser

Andreas Kisser é, mais do que tudo, um apaixonado por música. Já participou dos mais variados projetos, com artistas de todos os estilos, o que o deu, inclusive,  a fama de ‘arroz de festa’. O fato é que todo esse amor é o que faz o guitarrista continuar a frente do Sepultura como o líder criativo e cérebro da banda. Se não fosse assim, o grupo, certamente, teria acabado há 20 anos, quando Max Cavalera deixou o grupo.

 

 

 

4 – ainda fazem um dos melhores shows de ‘rock paulêra’ que você pode querer assistir

Quem esteve no show de lançamento do álbum Machine Messiah no último sábado (27) em São Paulo pôde comprovar que, mesmo depois de 30 anos, o Sepultura continua sendo uma das bandas mais violentas, pesadas e com um dos shows mais enérgicos do meta! OS CARAS NÃO PARAM, BICHO! Foram mais de 1h30 do mais puro creme do thrash metal, com rodas de mosh gigantescas e incessantes durante todo o show. O que mais um fã de música pesada pode querer?

A Audio CLub ficou lotada para receber a banda. O show de abertura ficou a cargo do Claustrofobia.

Sérgio Fernandes/Virgula A Audio Club ficou lotada para receber a banda. O show de abertura ficou a cargo do Claustrofobia.

5 – promovem a união de várias tribos dentro do rock

Se você vai em um show do Sepultura, tenha a certeza de que você verá pessoas com camisetas de bandas de punk, thrash, heavy metal, moicanos, carecas, cabeludos, negros, brancos, enfim: banda consegue a proeza de juntar todas as tribos musicais com suas músicas. Muito disso se deve ao fato de a banda não ter parado no tempo (como escrito acima) e sempre buscar novas influências, unidas ao seu estilo único, para se manter atual e relevante

6 – ainda lançam bons álbuns

Por mais que o grande sucesso comercial da banda tenha ficado no passado (o disco Roots, de 1996, foi o mais vendido da história do grupo, tendo sido comtemplado com o disco de ouro em países como Estados Unidos, França, Alemanha e Brasil) o nível das composições nunca caiu. Dante XXI (2006), Kairos (2011) e o mais recente trabalho, Machine Messiah, são bastante aclamados pela crítica e pelos fãs, sendo que o último é tido por muitos como o melhor álbum da banda desde o clássico Chaos A.D. (1994).

Machine Messiah 2017

Sepultura/Divulgação Machine Messiah))2017

7 – Eloy Casagrande

O pimpolho é extremamente novo (26 anos) mas já tocou no Rock in Rio 3 vezes (duas com o Sepultura e uma com a banda Glória), além de já ter participado de quase todos os maiores festivais de música do mundo. Técnica, pegada, precisão, velocidade (e uma pitadinha assim de carimbó) fazem do rapaz um dos melhores bateristas do mundo atualmente. Assisti-lo ao vivo é um grande privilégio!

O integrante mais novo da banda, Eloy Casagrande é um dos melhores bateristas do metal mundial na atualidade.

Sérgio Fernandes/Virgula O integrante mais novo da banda, Eloy Casagrande é um dos melhores bateristas do metal mundial na atualidade.

Sepultura na Audio Club, em São Paulo


Créditos: Sérgio Fernandes/Virgula

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7 motivos que fazem o Sepultura ainda ser a banda brasileira mais relevante