Neste final de semana, nos dias 04 e 05, aconteceu no Allianz Parque, em São Paulo, a 2ª edição do GPWeek. O evento contou com apresentações de Thundercat, Halsey, Machine Gun Kelly, IZA, Tasha e Tracie e Kendrick Lamar, a atração mais esperada do festival.
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O GPWeek antecede a etapa do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1. Na segunda edição, o evento ganhou mais um dia e estendeu sua programação. No primeiro dia, 04, se apresentaram Hodari, Swedish House Mafia, Halsey, Machine Gun Kelly e JXDN. Já no segundo dia, 05, subiram ao palco as gêmeas Tasha e Tracie, Iza, Sofi Tukker, Thundercat e Kendrick Lamar. Apesar da variedade de nomes na programação, grande parte do público do GPWeek foi para o festival para assistir o rapper natural de Comptom, periferia de Los Angeles, nos Estados Unidos.
A 2ª edição do GPWeek começou mais tímida. No primeiro dia, pessoas que adquiriram ingresso para a cadeira superior tiveram a oportunidade de se mudar para cadeira inferior por conta da ampla disponibilidade de lugares. O festival era dividido em 5 setores: cadeira superior, cadeira inferior, pista, pista vip box e paddock. As múltiplas divisões fizeram com que o público, principalmente da pista, ficasse mais espalhado. Além disso, o alto preço dos ingressos não foi um atrativo, o que refletiu na ausência de lotação dos setores nos dois dias.
Ao longo do primeiro dia o espaço ficou mais cheio no show da Halsey e do Swedish House Mafia, mas longe de lotar o espaço. Entre os destaques do primeiro dia, estão as apresentações de Machine Gun Kelly, com influências do pop punk e rap, o artista busca expressar uma energia de astro rebelde, com o uso de explosões e jogadas de equipamentos em algumas passagens da música. Entre as movimentações no palco, o artista desceu para interagir com o público e tentou se aproximar mais do Brasil ao trocar de roupa e colocar uma camiseta da seleção e cantar a música “Danza Kuduro”, pedindo animação da plateia.
Logo em seguida, Halsey subiu ao palco cantando sucessos da sua carreira e do último disco “If I Can’t Have Love, I Want Power”, em que ela discorre das adversidades e novas descobertas em se tornar mãe, mas manter seus gostos e vontades. A artista relembrou a primeira vez que tocou no Brasil e afirmou que aquela foi uma das melhores noites da sua vida. De volta ao Brasil, a artista agradeceu a receptividade dos fãs. Após o pop de Halsey, o primeiro dia do GPWeek foi encerrado pelo trio sueco Swedish House Mafia, formado por Steve Angello, Sebastian Ingrosso e Axwell, que finalizou o evento com um set com influências do house que movimentou o público que acompanhava com assobios e alguns movimentos de dança.
Já no segundo dia, a movimentação no estádio era maior. O aumento considerável do público foi uma consequência da principal atração da noite: Kendrick Lamar, que se apresentou no Brasil pela última vez em 2019, no Lollapalooza. Antes da apresentação do rapper, o segundo dia contou com a dupla Tasha e Tracie, que performaram os principais sucessos do álbum “Diretoria” e “Rouff”. Em seguida, IZA deu enfoque para o seu álbum “Afrodhit”, mas sem deixar de lado sucessos como “Meu Talismã” e “Dona de Mim”. A artista contou com a presença do rapper L7nnon para cantar a faixa “Fiu Fiu” e desceu para plateia enquanto cantava “Sintoniza”, faixa feita em parceria com Djonga. Já Sofi Tucker, duo nova-iorquino de música eletrônica, ficou descolado da programação do segundo dia, mas, ainda assim, conseguiram fazer uma apresentação enérgica.
Logo depois, Thundercat subiu ao palco e apresentou todas as suas habilidades jazzísticas. Entre sucessos, o artista referenciou o Brasil e afirmou que seus músicos favoritos são brasileiros. Além disso, prestou uma homenagem ao baterista Aaron Spears, que faleceu em outubro, e fez questionamentos sobre o gosto do público para animes.
Logo após a apresentação de Thundercat a expectativa estava alta para a presença de Kendrick Lamar. Além do público geral, artistas nacionais como Mano Brown, Emicida, Rashid, BK, Duquesa, Febem e KL Jay marcaram presença para ver de perto a apresentação do rapper. Foi vestido todo de verde, com óculos de grau, um lenço na cabeça e um boné que Kendrick Lamar apareceu no palco. Em um primeiro momento, o rapper ficou apenas parado com as mãos dentro do bolso, enquanto a introdução de “N95” tocava, logo em seguida, Kendrick começou o espetáculo.
A partir daí, seguiu com uma apresentação com os maiores sucessos com rimas intensas e certeiras, acompanhado da movimentação de palco de Kendrick que ocupava o espaço de forma eficiente. Apesar de uma estrutura minimalista, o jogo de iluminação, as pinturas cotidianas de pessoas pretas – feitas por Henry Taylor – que eram projetadas no telão principal e os dançarinos que acompanham o rapper quando necessário em coreografias teatrais, engrandecem a apresentação. Lamar apresentou faixas como “Money Trees”, “M.a.a.D City” e “DNA”.
Em um momento de interação com público, Kendrick pegou para assinar um vinil de “To Pimp a Butterfly” de um fã que estava na plateia e nesse momento aproveitou para convidar Thundercat para subir no palco. “Nós nunca estivemos no mesmo palco. Sem ele ‘To Pimp a Butterfly’ não existiria”, disse Kendrick momentos antes de tirar uma foto com o público junto de Thundercat.
Quando a apresentação estava chegando ao final, Lamar saiu do palco por um momento estendido e voltou para finalizar a apresentação com “Alright”. A 2ª edição do GPWeek foi encerrada com a apresentação intensa e catártica de Kendrick Lamar, que se destacou não só como a atração mais aguardada do evento, mas também como um dos artistas mais relevantes da atualidade.