Ana Muller foto por Sarah Diniz Outeiro 2

(Foto: Sarah Outeiro)

Muitas garotas novas estão representando outras garotas novas“, diz Ana Muller ao Virgula sobre a onda de jovens youtubers que está cada vez mais ganhando espaço e público dentro da música. Embora a cantora não faça parte dessa geração, já soma um número de visualizações comparado aos astros do Youtube: 11 milhões. Isso antes mesmo de lançar o seu primeiro EP homônimo, que saiu semana passada. Agora os números só crescem.

Eu invisto nesse sonho desde os 17 anos. Fui amadurecendo, aprendendo. Aos 23 anos as coisas começaram a tomar forma e tudo começou a fazer sentido pra mais gente, e mais gente, e mais gente! Hoje eu tenho 25, então meio que foi acontecendo gradualmente. Eu não esperava que um dia teria fãs, que representaria algumas pessoas como figura publica, que minha opinião seria relevante para esse numero de pessoas, mas como foi gradualmente eu fui me adaptando, fui compreendendo o que isso significa, e encaro como uma responsabilidade“, diz Ana sobre a popularidade.

Das mulheres youtubers que estão se destacando no meio musical, a cantora só tem a celebrar: “As pessoas querem ser compreendidas e representadas. Essas garotas novas compreendem e representam a galera mais jovem”, e continua: “Tô muito feliz de ver tanta mulher compondo e cantando suas próprias canções, e assim ajudando outras mulheres a se empoderar. Nada melhor que uma mulher para falar sobre ser mulher, pra representar o feminino, o feminismo e o empoderamento feminino. Nós tínhamos muito compositor se colocando como feminino, usando eu lírico para tentar expressar como uma mulher se sente, e cara, nós mulheres é que sabemos como nos sentimos. Não precisamos de um interlocutor masculino para nos expressar”. 

Ana Muller foto por Sarah Outeiro

(Foto: Sarah Outeiro)

Agora, se o futuro da música pop no Brasil será alimentado por youtubers, Ana comenta: “Vamos ver no que se transforma. Não sei se é o futuro da musica pop, é muito cedo pra saber, mas algumas cenas estão surgindo agora”. 

O EP de estreia, que contém duas músicas (Deixa e Escopo) entres as 50 mais virais do Spotify, traz composições de momentos diferentes e desconexos da vida de Ana. “Tem música aí que eu fiz com 19 anos, então não houve uma influencia única para a composição do disco. Escolhemos musicas que conversassem entre elas e que representassem momentos específicos da minha vida. Usamos elementos da musica eletrônica, musica caipira e pop. Eu quis misturar o que me agrada e o produtor foi genial ao produzir o disco sem perder a minha identidade”, conta.

Ouça o EP Ana Muller:

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Londrina, ela fez um
Londrina, ela fez um "dark pop" da pesada. Em fevereiro, ela lançou disco homônimo e disse adeus ao underground.
Créditos: Divulgação

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11 milhões de views e um EP, Ana Muller celebra: 'Tô feliz de ver tanta mulher compondo canções'