Marilyn Manson não é mais o mesmo. Pelo menos é o que foi visto nesta quarta, 7, na primeira edição do Maximus Festival, que rolou no Autódromo de Interlagos em São Paulo. Totalmente domesticado, o anticristo não rasga mais a bíblia, não esfrega a bandeira americana no traseiro, e nem se corta em seus shows. Hoje, com 47 anos, Manson está mais para aquele tio mal humorado da família do que para um rockstar. A idade chega, e ela não é boazinha com alguns artistas.
O show teve seus altos com os hits The Beautiful People, Sweet Dreams, Irresponsible Hate Anthem, mOBSCENE e Tourniquet. Mas, ao decorrer da apresentação, a coisa foi esfriando. Talvez pela indisposição de Manson, ou pela demora e o silêncio entre uma música e outra, que chegava a incomodar, ou porque o público esperava o astro polêmico e enérgico das antigas. Durante a música The Dope Show, ele parou, pediu desculpas ao público e se mostrou estar irritado com um fã na grade. “Ei, você não gosta de mim?”, perguntou.
Manson também homenageou David Bowie ao cantar um trecho de Moonage Daydream.
Já o resultado do show do Rammstein foi bem diferente, foi de 7 a 1 no anticristo. Com a parafernália praticamente completa, os alemães comandados pelo performático Till Lindemann esquentaram o público com muito fogo e pirotecnia. Até quem estava ao fundo do local, há muitos metros do palco, sentia o calor das tochas. Um detalhe interessante é que ao lado do palco estava uma enorme brigada de incêndio, provavelmente por precaução.
Com todas as músicas cantadas em alemão (a única em inglês foi um cover de Stripped, do Depeche Mode) o Rammstein fez o melhor show do festival e um dos melhores do ano. Na edição ainda se apresentaram Disturbed, Bullet For My Valentine, Halestorm, Hellyeah, Shinedown e muitas outras. Veja abaixo em nossa galeria:
1ª edição do Maximus Festival em SP
Créditos: Amanda Costa