A Vogue México deixou de lado as modelos para sua capa de novembro e estampou a publicação com ninguém menos que a pintora Frida Kahlo (1907-1954). Quase 60 anos após a morte da artista mexicana, com imagem feita pelo fotógrafo Nickolas Muray, Frida estampa pela primeira vez a capa de uma revista de moda.

A capa com a artista se trata da divulgação de uma ação da Vogue que exibirá no Museu Frida Kahlo (Casa Azul), em Coyoacan, suas roupas, joias, sapatos e objetos pessoais.  Todas as peças serão exibidas ao público pela primeira vez a partir do dia 22 de novembro deste ano. 

Todo acervo que fará parte da exposição, nunca chegou a conhecimento público devido a um pedido do marido de Frida, Diego Rivera (1886-1957). Segundo o jornal El Pais, após a morte da pintora, ele havia exigido 15 anos de segredo para os pertences do casal. No entanto, ele morreu três anos depois e deixou Dolores Olmedo, uma colecionadora de arte, como administradora de seu acervo e ela se recusou a dar acesso às peças. Somente após sua morte, em 2004, os objetos foram desbloqueados.

40 vestidos, entre os 300 encontrados na coleção, serão expostos. Circe Henestrosa, curadora da exposição, cujos temas são “Deficiência” e “Etnicidade”, afirmou ao El País que as roupas de Frida não são apenas roupas. Segundo ela a artista usava os vestidos com bordados típicos do México tanto para exibir politicamente sua mexicanidade como para ocultar a deficiência causada pela poliemielite que sofreu aos seis anos de idade e pelo acidente que quase a matou, aos 18. 


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Quase 60 anos após sua morte, Frida Kahlo estampa capa da Vogue

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