Os estilistas da marca italiana Dolce & Gabbana enfrentam um processo por sonegação fiscal e já lidavam com a possibilidade de prisão.
Nesta quarta-feira (29), o promotor do caso, Gaetano Ruta, pediu a prisão da dupla por dois anos e meio. A sentença também foi pedida para a diretora da empresa na época, Cristiana Ruella.
O promotor Gaetano sugeriu ainda que o contador da grife, Luciano Patelli, pegasse pena de três anos de prisão, pois ele seria o principal articulador do plano que teve o objetivo de sonegar impostos.
Segundo a investigação do caso, que foi desenvolvida entre 2007 e outubro de 2010, a multinacional Dolce & Gabbana criou em março de 2004 uma sociedade com sede em Luxemburgo sob o nome de “Gado”, que constava como a proprietária de algumas das marcas que fazem parte do grupo, mas que na realidade era administrada da Itália.
Deste modo, segundo a acusação, os lucros obtidos com a marca tributavam no exterior e não na Itália, onde deveriam ser pagos os impostos.
Além disso, ambos os estilistas foram acusados de terem cedido as marcas que fazem parte de seu império à sociedade “Gado” por 360 milhões de euros, um valor muito inferior ao real, segundo a acusação, que ressaltou que este número deve girar em torno de 700 milhões de euros.