A sétima participação do Ponto Firme no São Paulo Fashion Week propõe uma reflexão sobre o resgate e a valorização da cultura e identidade brasileira. Tem como referência o Manto Cerimonial Tupinambá, confeccionado no Brasil entre os séculos 16 e 17.
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A coleção conta com 30 looks, todos produzidos com fios da Círculo S/A por mais de 30 artesãos, participantes da Escola Ponto Firme e também por alunos do Projeto Ponto Firme, que são detentos da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey. O desfile está marcado para o dia 19 de novembro, às 16h, no Komplexo Tempo e conta com o apoio da Círculo S/A, Rider e Brazil Foundation.
O Manto Cerimonial Tupinambá, principal inspiração para o desenvolvimento desta coleção, é símbolo da memória e da resistência do povo indígena Tupinambá. “Sua história nos leva aos tempos remotos dos primeiros encontros com europeus que aportavam na costa brasileira e nos atualiza sobre a história recente de luta pelo reconhecimento da identidade, dos direitos e da terra indígena”, comenta Gustavo Silvestre, estilista que coordena o Ponto Firme.
A stylist indígena Day Molina vem para contribuir com o seu ativismo e experiência, unindo forças com o Ponto Firme, que traz uma forte mensagem social em cada edição do SPFW, evidenciando alguma questão que precisa de voz. Nascida em Niterói (RJ), a família materna de Dayana é originária da aldeia indígena Fulni-ô, no sertão de Pernambuco.
“A representatividade não é só sobre ter uma modelo na capa. Precisamos descolonizar o nosso olhar, a nossa mente, a nossa escuta. Por muito tempo, se teve esse olhar eurocêntrico sobre a vida, sobre os comportamentos, as tendências de moda e beleza. Precisamos ver aquilo que é original desse país como algo belo. É importante que haja diversidade para que todas nos sintamos bem e representadas enquanto mulheres e indivíduos humanos”, pondera.
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