Em parceria com a ONU, a Osklen apresentou nesta quinta-feira (6) em São Paulo uma coleção de bijuterias criadas com materiais reciclados no Haiti. O objetivo da linha é gerar renda e inclusão social no país.
Batizada de e-ayiti (que quer dizer crioulo em haitiano) inclui colares, pingentes e braceletes confeccionados em materiais como ferro forjado, fios de telefone e tendas de campos de refugiados. As peças têm gravadas a palavra “esperança” em português, francês, inglês e crioulo haitiano, e em braile.
Os acessórios custam de R$ 39 a R$ 49 e serão vendidos nas lojas da Osklen.
A produção da coleção terá a supervisão do International Trade Center (ITC), instituto dependente da ONU que ajuda pequenos negócios locais a serem sustentáveis.
“Nosso objetivo principal é conectar artesãos isolados e estilistas emergentes – a maioria deles mulheres da África e Haiti – com a indústria internacional damoda“, disse o diretor da Ethical Fashion Initiative do ITC, Simone Cipriani.
De acordo com Cipriani, como já fizeram outros estilistas, uma equipe da Osklen se deslocou até o Haiti para ensinar os artesãos locais a compor as peças a fim de que estes possam desenvolvê-las posteriormente de maneira independente.
“Não fazemos caridade. Nós abastecemos estilistas de todo o mundo com uma alta qualidade e produtos desejados, enquanto fortalecemos produtores empobrecidos através de um emprego remunerado, conhecimento e habilidades”, acrescentou Cipriani.
Segundo o diretor, este tipo de projeto ajuda às comunidades mais pobres do Haiti a ter acesso a receitas que permitiram ajudar uma comunidade inteira.
O Haiti já era a nação mais pobre da América antes do terremoto que em 12 de janeiro de 2010 devastou o país e, quatro anos depois, continua sendo, enquanto luta por sua reconstrução e a recuperação de uma das maiores catástrofes de sua história recente.