Nem só de bafão vive Naomi Campbell (foto). Em recente declaração à imprensa britânica, a top negra mais famosa do planeta pôs a boca no trombone: “o mundo das passarelas ainda é muito racista. Lamento muito o fato de as mulheres negras não estarem na moda”.
Ao jornal London Paper, a barraqueira fashion lançou críticas relacionando a ausência de negros nas passarelas à rara apreciação deste tipo de beleza. “Em alguns casos, as modelos negras são ignoradas pelas principais agências”, desabafou.
Naomi foi a primeira modelo negra a aparecer na capa da Vogue francesa e britânica e já participou de desfiles e campanhas de grifes e estilistas bombados. No entanto, ela confessa “só conseguiu sair na publicação mais querida do mundo da moda porque Yves Saint Laurent lhes chamou e disse que retiraria seus anúncios se não me colocassem”.
Carole White, a diretora da agência Premier, que representou a modelo durante 17 anos, diz ao mesmo jornal que o racismo também existe na esfera dos negócios. “As meninas negras não fazem dinheiro, inclusive Naomi Campbell não ganhou tanto dinheiro quanto as meninas brancas, sempre lhe ofereciam menos”, acrescenta.
A questão do racismo no mundo fashion é muito polêmico nos quatro cantos do mundo. Protestos de grupos de modelos são comuns durante semanas de moda badaladas e outros eventinhos assim.
Em Sampa, na última edição da SPFW, em janeiro, as acusações referentes à preferência pelas meninas brancas e loiras resultou na abertura de um inquérito pelo Ministério Público.
Recado a Naomi: se for assim, pode causar a vontade!