Se você é da turma que não vê nenhuma utilidade para caderninhos e blocos de nota – tendo em vista que, hoje em dia, tudo está mais rápido e prático depois de tantos avanços na tecnologia – precisa conhecer o Moleskine. Apesar seu nome lembrar um tecido, trata-se de um caderninho de bolso, aparentemente, assim como todos os outros, que anda conquistando pessoas nos quatro cantos do mundo.

Esses bloquinhos, que antes só eram vistos entre os nerds, agora também são encontrados aos montes em turmas dos mais diferentes estilos. O estudante Lucas da Silva Garcia antes achava o moleskine uma bobagem, mas depois que ganhou o seu teve esse conceito totalmente mudado. “Eu nunca anotava nada, achava que isso era coisa de nerd e velho. Quando ganhei o meu não achava nenhuma utilidade pra ele, até que um dia tive um sonho estranho e, quando acordei, resolvi escreve-lo. Depois desse dia passei a usar o moleskine para reproduzir meus sonhos”, contou Lucas.

Sua origem já é antiga – artistas renomados como Vincent van Gogh (1853–1890), Henri Matisse (1869–1954) e Pablo Picasso(1881-1973) usavam-no para registrar seus desenhos antes de passá-los para as telas – mas só ganhou destaque mesmo quando Bruce Chatwin (1940 – 1989) classificou-o como o melhor caderno de nota que usou. Chatwin foi um romancista e escritor que ficou conhecido por escrever, geralmente, durante suas viagens.

Eles são revestidos por uma capa dura de cartão – envolvida por material impermeável – contêm cantos arredondados, uma tira de elástico para mantê-los fechados e uma lombada costurada que permite que permaneçam a 180º enquanto abertos. Não podemos esquecer da folha de rosto que vem impressa para que o seu dono escreva os seus dados pessoais, inclusive o valor de uma recompensa caso perca-os alguém os encontre. Os verdadeiros moleskines ainda não são vendidos no Brasil, mas algumas pessoas compram através de sites estrangeiros. Porém, para não ter que encarar a alta do dólar, você pode optar pelas réplicas do caderninho.

A designer Flávia Gomes comprou o seu depois de saber da história desses interessantes caderninhos. “Eu achei a origem dele fantástica, principalmente depois de saber que pessoas como Picasso também tinham o seu. Gostei da aparência também, são práticos e bonitinhos. Quando resolvi comprar optei por um daqui, que não era original, mas a diferença é só o nome mesmo. Não uso ele para nada específico, anoto recados, telefones importantes e mais algumas coisas, mas gosto de tê-lo”, declarou.

E aí, vai ficar de fora dessa moda? Esqueça o bloco de notas do computador e se jogue num Moleskine.


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Moleskine: um jeito fashion de fazer anotações