Durante uma reunião com o grupo Brasil Fashion System, realizada na última segunda-feira (02) na sede da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a ministra de Cultura, Marta Suplicy, voltou a defender o benefício da Lei Rouanet no setor de moda, embora tenha sido bastante questionada pelos representantes presentes.
Para reduzir as críticas relacionadas aos custos dos desfiles dos renomados estilistas Pedro Lourenço, Alexandre Herchcovitch e Ronaldo Fraga – que juntos captariam R$ 7,4 milhões -, a ministra assinalou que esse fato não limita a possibilidade de outros projetos de arte serem beneficiados, incluindo do próprio setor.
Marta ressaltou que a lei também procura beneficiar novos criadores com poucos recursos para desenvolver seus projetos e consolidar a moda brasileira com o trabalho de nomes destacados, citando Herchcovitch, Lourenço e Fraga, que participam das principais passarelas do mundo.
“Eu vejo a moda exatamente desse jeito, apesar de ser uma coisa de luxo, que é e não é. É uma cadeia gigantesca, que vai desde o mais simples, ao mais sofisticado até chegar ao produto final. Isso tem que ser entendido, nós temos que criar a nossa marca Brasil”, apontou.
Segundo a ministra, os incentivos não beneficiarão marcas comerciais e sim projetos de internacionalização, tradição brasileira, preservação do acervo cultural e formação de estilistas, abrindo “caminhos” para imagem do país diferentes do futebol e do samba.
Com 22 anos de existência, a lei passou de um orçamento de R$ 300 milhões, registrado em 2003, aos atuais R$ 1,7 bilhão.