Itália x França: saiba mais sobre as protagonistas do luxo mundial (Foto: Divulgação)
Itália e França são referências globais no universo do luxo, cada uma traduzindo, à sua maneira, histórias, culturas e valores profundamente enraizados. De acordo com Jean-Noël Kapferer, renomado especialista no tema, “o luxo é superlativo, não relativo”, uma afirmação que sintetiza como esses países vão além das estratégias comerciais, refletindo identidades culturais únicas que definem suas abordagens ao mercado de luxo.
Luxo Italiano: Paixão e Artesania
O luxo italiano é vibrante e expressivo, com marcas que exaltam a autenticidade e o toque humano. “O ‘fatto a mano’ é a essência do luxo italiano, pois eleva o trabalho artesanal a um patamar de excelência inigualável”, explica Tamara Lorenzoni, mestre e especialista em Gestão de Marcas de Luxo.
A Ferrari é um exemplo icônico dessa abordagem, combinando perfeição técnica com detalhes feitos manualmente, como pintura e interiores de couro. “O termo ‘lussato’, usado na Itália para descrever algo fora do comum, traduz perfeitamente a grandiosidade, a inovação e a tradição que definem o luxo italiano”, completa Lorenzoni.
Além disso, a distribuição das marcas italianas tende a ser mais aberta, permitindo uma conexão mais direta com os consumidores. “Esse modelo cria proximidade e celebra a expressão artística, sem perder a sofisticação”, ressalta a especialista.
Luxo Francês: Sofisticação e Controle
O luxo francês, por outro lado, é sinônimo de sofisticação refinada e controle. Marcas icônicas como Chanel, Louis Vuitton e Hermès personificam um padrão onde cada detalhe é meticulosamente planejado para criar uma aura de exclusividade.
“No coração do luxo francês está a ideia de equilíbrio. Aqui, brilho e extravagância são administrados com precisão para manter a raridade e o prestígio”, afirma Lorenzoni. A exclusividade é um elemento central, com uma distribuição altamente restrita que reforça a percepção de raridade.
“As marcas francesas constroem suas identidades com uma sofisticação atemporal. Nada é exagerado ou acidental; cada escolha comunica elegância e controle”, finaliza Tamara.