De sua viagem ao Brasil, durante o último São Paulo Fashion Week, em janeiro, Vivienne Westwood levou consigo não apenas inpsirações para algumas peças e o cenário de seu desfile na semana de Paris. Curiosamente, o ritmo base da trilha sonora da apresentação foi o funk carioca.
No chiquérrimo hotel Westin, na cidade-luz, a transgressora estilista exibiu a coleção de inverno 2009 de sua marca principal, homônima, sob o tema do caos do mundo pós-moderno. A cenografia era composta de folhas verdes e bromélias, bem tropical.
O dj Jerry Bouthier, responsável pelo mix musical da ocasião, explicou, nos bastidores, que não poderia expressar de outra maneira a situação atual do planeta ‘violento, difícil, duro’. “Encontrei as faixas num cd chamado ‘Baile funk’, bem conhecido aqui na Europa”, diz.
Fantasia
Outra supresa foi a primeira modelo a entrar na passarela. Uma artista de circo, sobre pernas de paus vestidas, sob medida, por uma calça cinza de riscadinha de giz.
Na lista das atenções especiais, a participação de crianças da escola Portland na criação das estampas das roupas de Vivienne, feitas diretamente nos tecidos e na maquiagem divertida das modelos (com círculos, riscos e muita cor). A designer teria escalado os pequenos após ter visto, por fotos, um desfile realizado no colégio.
Os looks desta temporada, de acordo com a criadora, faziam referência a uniformes militares de outras épocas. Toque etnicos de diversas tribos primitivas também estiveram presentes em momentos em que as modelos usavam apliques de tranças longas no cabelo ou vestiam capas com aspecto ‘sujo’. Nada mal!
