Sabia que em Berlim tem uma loja especializada em roupas para prisioneiros? Sim, é verdade e é legal! A recém inaugurada grife de Ahmad Keyaniyan traz coleção voltada aos encarcerados, comercializadas num espacinho batizado de Haeftling, que significa ‘prisioneiro’ em alemão.
De maneira geral, as peças são feita com materiais resistentes e em tons escuros como cinza e preto, que caracterizam aspecto rústico. No maior clima de ‘sabotagem ao sistema’, o estilista criou, por exemplo, um casaco feminino com bolso secreto, para eventuais transportes de substâncias ilícitas.
A marca não apenas tem como público alvo quem está atrás das grades. Também conta com os próprios em sua linha de produção e processo criativo. Já participam pessoas nestas condições de cadeias ao redor da Alemanha e fora. Um exemplo bacana se deu no Texas, quando os presos de lá desenvolveram camisetas limitadas com estampas de pin-ups.
A ação colabora com a inserção dos encarcerados no mercado de trabalho, uma vez que quem produz recebe de 2,65 a 3,39 euros por hora, em média. Cerca de 5% da renda obtida com a venda de cada ítem é revertida para ONGs ligadas à melhoria da situação carcerária.