Depois da confusão causada pela Elle francesa de janeiro com um artigo de Nathalie Dolivo que parabenizava a comunidade negra por se tornar chique ao adotar “códigos de branco” para se vestir, a publicação segue sob holofotes e acusações de racismo. 

Agora a revista está tendo que responder porque insiste em não inserir modelos negras em suas páginas desde 2008, quando Jourdan Dunn estrelou um editorial.

Ao que tudo indica as feridas abertas pelo artigo da jornalista ainda estão bem abertas. No texto, Dolivo atribui à Michelle Obama o poder de dar às mulheres afrodescendentes uma razão para não se vestirem com roupas estilo streetwear (a moda despojada das ruas). 

“Michelle Obama dá o tom com foco em marcas de ponta revisitando o guarda-roupa de Jackie O, de forma estilosa.” Ela continua a escrever que, enquanto mulheres negras na década de 30 usavam vestidos melindrosa e as mulheres na década de 60 foram inspirados por Angela Davis, as mulheres negras de 2012 constituem uma “burguesia negra”, integrando todos os “códigos de branco” de se vestir, acrescentando detalhes como turbantes africanos e colares de concha que “lembram as raízes”.


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Elle francesa é questionada pela falta de modelos negras em suas páginas

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