Ao longo dos séculos, os padrões de beleza passaram por diversas mudanças. Por exemplo, na Grécia Antiga, o corpo belo era aquele que mostrasse harmonia e proporção, o ideal das mulheres naquela época eram as curvas com seios volumosos e quadril largo. Já na Idade Média, as mulheres seguiam com mãos, pernas e seios pequenos, com lábios finos e delicados. Na Idade Moderna, é resgatado os corpos voluptuosos.
> Siga o novo Instagram do Virgula! Clique e fique por dentro do melhor do Entretê!
Nos dias atuais, apesar da grande mídia investir na tentativa de mostrar que os padrões de beleza são mulheres magérrimas como as modelos de passarelas, muitas meninas têm defendido nas redes sociais a importância de se amar independente do formato do corpo. “A autoestima é uma questão de olhar de dentro para fora, não o que a indústria diz ser ou não o certo. É trabalhar o emocional e o empoderamento, afirmando que você é linda do jeito que você é, independente do que as pessoas te dizem”, afirma a modelo Natali Conti que se classifica como Curvy. Mas, o que é esse termo?
Curvy é um tipo de modelagem que valoriza as curvas como pernas grossas, seios grandes, bumbum avantajado e cintura afunilada. “A gente não precisa estar dentro de uma caixinha de rótulos, podemos ser tudo que nós queremos. Então, acho que essa é a maior mensagem que tento passar aos meus seguidores. Amar o seu corpo”, complementa.
Segundo a doutora Renata Duarte, especialista em modulação intestinal e emagrecimento, os padrões estéticos sempre estarão mudando. “ O mais importante é prestar atenção aos sinais que o seu corpo está dando. Fazer check-ups e avaliar o seu dia a dia é importante. Já que na maioria das vezes o seu corpo demonstra quando algo está errado. Como por exemplo cansaço excessivo, mudanças constantes no padrão das fezes. Isso tudo é um alerta para sua saúde.”
Natali, que tem crescido nas suas redes sociais, em especial no OnlyFans, conta que gosta de cuidar da própria saúde, faz check-up regularmente, além de exercícios físicos, evitando ao máximo produtos industrializados. “Cada pessoa é única, quando criei minha conta, pensei ‘será que sou realmente interessante?’, e aos poucos fui conversando com meu público e vi que há espaço para todos os biotipos”, relembra.
Ter representações como a de Natali dá ainda mais abertura para que o termo ganhe destaque e deixe de ser um tabu.
“Uma vez uma moça falou que estava doida pra comprar um cropped, e que havia se inspirado em uma outra menina gordinha para comprar, então eu expliquei que ela era Curvy, só que ela não conhecia o termo. Então é algo que precisa ser falado, assim como o empoderamento feminino, dessa segurança de você estar bem consigo mesmo”, reafirma.
Conforme Natali Conti diz, é preciso levantar essa bandeira. “É trazer corpos reais, porque todo corpo pode ser belo, todo corpo pode ser interessante, todo corpo pode ser exatamente o que quiser”, finaliza.