A aparência das modelos que estampam as revistas sempre acaba sendo debatida pelo fato de que muitas jovens criam a ilusão de que a magreza excessiva é o padrão de beleza a ser seguido. Por conta disso, cada vez mais as marcas e estilistas tentam investir em mulheres com aparência saudável para divulgar seus produtos. A sueca H&M é uma dessas grifes. Em entrevista ao jornal Metro britânico, o diretor executivo Karl-Johan Persson, declarou que a rede quer mulheres reais em suas campanhas.
“Temos uma grande responsabilidade. Somos uma grande empresa, fazemos muita propaganda e muita gente nos vê. A que nem sempre acertamos, algumas de nossas modelos eram magras demais, mas estamos trabalhando muito para acertar. Queremos mostrar diversidade em nossos anúncios a não dar a impressão que as meninas precisam ter uma certa aparência”, disse.
Citando a modelo plus size Jennie Runk que estrelou uma campanha de moda praia da grife e a cantora Beyoncé, que é o mais recente garota-propaganda da rede de fast fashion, o CEO de 38 anos, disse que a H&M quer ser um bom exemplo para seu público:
“Na nossa última campanha tivemos uma modelo mais robusta, e agora temos Beyoncé, que também é mais curvilínea. Acredito que todas as modelos têm que parecer saudáveis. Existem aquelas que estão obviamente abaixo do peso, e outras que são apenas magras.”
Persson também comentou sobre a tragédia em Bangladesh no final de abril, quando mais de mil pessoas morreram no desabamento de uma fábrica de roupas que produzia com mão de obra barata para grandes marcas do mundo todo.
“O colapso da fábrica foi terrível, mas ela não fornecia para a H&M. Estamos trabalhando para melhorar as condições em Bangladesh, mas você nunca pode ter 100% de certeza. Acidentes acontecem na Suécia também (país onde a marca foi fundada)”, afirmou o CEO, que afirmou que o salário dos funcionários nestes países não é baixo por causa do preço praticado pela companhia.
“Nós já temos cerca de 100 inspetores em tempo integral que viajam ao redor de nossos fornecedores para garantir que eles adiram ao nosso código de conduta, quando se trata de segurança do edifício, segurança contra incêndios, salários, pagamento de horas extras e assim por diante. Nossos inspetores fazem milhares de visitas programadas e não programadas a cada ano”, contou.