Carolina Herrera apostou em uma mulher glamourosa e elegante nesta segunda-feira (13) em Nova York, quando apresentou sua coleção para o próximo outono e inverno, enquanto Carlos Miele evocou em suas peças a natureza selvagem dos pampas gaúchos.
Vestida de azul marinho e preto, com jaquetas curtas tipo bolero em delicados tecidos envolventes, a mulher de Carolina Herrera “é normal” porque todas as mulheres querem se ver assim, segundo disse a estilista venezuelana em entrevista à Agência Efe nesta segunda-feira.
Na passarela nova-iorquina, no meio de uma intensa semana dedicada ao prêt-à-porter de luxo, Carolina Herrera apresentou uma coleção que definiu como voltada “à mulher glamorosa e elegante, ao mesmo tempo feminina”.
A venezuelana apostou em uma nova proporção, “com jaquetas muito curtas e saias muito coladas, um pouco mais longas”, até abaixo do joelho, para acentuar a figura feminina.
As tonalidades escolhidas para o dia por Carolina Herrera são um profundo azul-marinho combinado com o preto, ou sozinho, em vários tipos de tecidos, desde crepe de lã à organza e a seda, com algumas peças adornadas com plumas e pele de marta.
“É uma mulher muito direta, clássica e com um toque moderno”, considerou a estilista, que para a noite investiu em tecidos de cores mais fortes, como o violeta, o roxo, além de azul, cinza e rosa.
Quanto aos acessórios, todos criados para esta ocasião, Herrera optou pelas peles para adornar pescoços e jaquetas, assim como por sapatos abotinados e botas curtas com salto, obra de Manolo Blahnik, além de pequenas bolsas de mão e os cintos.
“Não se pode esquecer que a moda é sobre sonhos e fantasias. É preciso sonhar, não precisa ser a vida como ela é e aqui há uma combinação de um pouco de tudo”, disse a estilista à Efe, que em sua plateia teve a atriz Renée Zellweger, Lee Radziwill e Sandra Lee, namorada do governador de Nova York, Andrew Cuomo, e apresentadora de televisão.
Carlos Miele, por sua vez, apresentou suas peças inspiradas, segundo disse à Efe, “no mundo dos gaúchos” e na natureza selvagem e na cultura do sul do Brasil, em particular das mulheres do estado do Rio Grande do Sul.
Miele, que quis captar em suas propostas “a sensação de liberdade que as pessoas imaginam que as gaúchas têm quando montam a cavalo ou caminham pelos pampas”, introduziu as formas geométricas para evocar os ponchos utilizados pelos gaúchos, uma peça que foi reinterpretada para se tornar mais urbana.
A coleção de Miele enfatizou as silhuetas alongadas, característica ressaltada também pelas tonalidades utilizadas, como as cores terra, creme e dourado e estampas que fazem referência ao gato-dos-pampas, um felino dessa região.
Além desses tons, o estilista utilizou fúcsia, azul, canela, bege e preto, aplicados em tecidos como seda, crepe de lã e couro.
Por sua vez, o estilista americano Tommy Hilfiger apresentou uma coleção feminina intitulada “Cidade e Campo”, inspirada, segundo ele, em “uma mistura de vida esportiva com estilo e certa sofisticação urbana”.
Hilfiger misturou diferentes cortes em seus vestidos, e apresentou criações com inspiração da estética dos anos 1960 em calças e jaquetas, além de referências militares.
O azul-marinho, o verde, o bordô e o terra foram as cores mais utilizadas pelo americano, que para suas peças menos urbanas encontrou inspiração no mundo do hipismo.
Da mesma forma, reinterpretou algumas peças masculinas em vestidos de seda e jaquetas com tecidos plissados nas costas.