Calvin Klein concedeu uma entrevista ao WWD onde revelou detalhes sobre sua carreira, a criação da grife e algumas informações pessoais. O estilista conquistou um vasto espaço na moda e hoje, mesmo a grife não estando em suas mães (e sim do brasileiro Francisco Costa), continua um sucesso.
Filho de mãe apaixonada por moda e neto de costureira, Klein revelou que desde os cinco anos já sabia exatamente o que iria fazer. “Meu primeiro emprego real foi criar casacos e ternos para uma empresa que fazia roupas convencionais”, disse ao site. Mas segundo ele, nunca pensou em criar uma marca. “Sempre tentei separar minha vida do nome da empresa. Mas sabia que queria criar algo que durasse mais do que o tempo em que estivesse envolvido nele”.
O estilista conta que queria atuar em áreas diferentes também. “Eu estava intrigado com a idéia de fazer outras coisas e começou com a publicidade. Naquela época, as revistas diziam aos designers: ‘Agora é hora de você fazer propaganda e vamos fazer isso por você’. Eu sempre pensava: ‘Como podem comunicar o que eu tenho a dizer, melhor do que eu’. Então eu sempre me envolvi em áreas que os designers norte-americanos ou mesmo europeus não tinham se preocupado ainda”.
E para quem acha que no guarda-roupas de Klein só tem cuecas da marca ele afirma: “Uso roupas íntimas de outras marcas também porque quero testar a concorrência.”
Questionado pelo site sobre a relação de Kate Moss (que já foi rosto de várias campanhas) com a grife, ele disse que a beleza natural da top o conquistou. “Muitas mulheres estavam colocando implantes nos seios e nas nádegas também, estava saindo do controle. Achei tudo isso horrível. Queria alguém que fosse naturalmente sempre magra. Procurava por algo totalmente oposto ao tipo glamouroso que veio antes de Kate”.
Longe da marca (e como ele mesmo diz “desfrutando de um novo período na vida”) Klein declara que quando vê os recentes trabalhos produzidos, pensa: ‘Se fosse eu, faria diferente’. E dá conselhos aos novos estilistas do mundo fashion: “É preciso ter uma visão. Qualquer designer precisa dizer algo diferente do que está sendo dito. E precisa ser convincente. Mesmo que não seja confiante, aja como se fosse. É a única maneira de convencer as pessoas sobre algo em que acredita. E não é fácil”.
