A Benetton não sabe e pelo jeito nem quer saber fazer campanhas convencionais. O grande diferencial da marca são suas campanhas polêmicas que provocam e instigam as mais variadas reações. A última da grife italiana é focada aos jovens desempregados.

Usando o slogan “Unemployee of the Year”, a marca italiana lançou um concurso no qual procura o “Desempregado do Ano”. Para participar é preciso ter entre 18 e 30 anos, ser desempregado e registar um projeto no site da fundação “Unhate” (“não ao ódio”), que idealizou a campanha.

Os 100 desempregados mais votados até o dia 14 de outubro ganham cinco mil euros para dar um pontapé inicial ao projeto. 

Como parte da campanha, anúncios mostram jovens bem vestidos que, segundo a Benetton, representam uma geração: têm um curso superior, talento, mas não têm trabalho. A polêmica ainda é composta por vídeos que mostram grupos de jovens protestando contra a crise econômica.

A fundação “Unhate”, de propriedade da marca Benetton tem o objetivo de chamar à atenção para o desemprego juvenil. Segundo o El País, a Benetton quer chamar a atenção para o fato de haver, em todo o mundo, “cerca de cem milhões de jovens entre os 15 e os 29 anos à procura de trabalho”. Além disso, a marca quer acabar com ideias como a de que todos os jovens sem emprego são preguiçosos.

Segundo um representante da marca disse em entrevista ao jornal espanhol: “Pela primeira vez em muitos anos, os nossos filhos vão ter uma vida mais dura que os seus pais. Esta campanha pode parecer menos chocante que a anterior, mas no fundo é mais grave”, disse.

A “Unhate” também é responsável por outras campanhas polêmicas da marca como a do ano passado que ilustrava personalidades influentes da sociedade mundial aos beijos. Algumas das imagens traziam o Papa Bento XVI beijando na boca o imã Mohammed Al Tayeb, da mesquita Al-Azhar, uma autoridade religiosa dos muçulmanos no Egito e Barack Obama beijando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Assista a um dos vídeos da campanha “Desempregado do Ano”

 


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Benetton lança mais uma campanha polêmica e busca o "desempregado do ano"