A questão da magreza excessiva das modelos nas passarelas e anúncios de moda pelo mundo já se estende por alguns anos. Agora quem resolveu se posicionar sobre o assunto foi o governo da França. Eles estão prestes a aprovar um projeto de lei que visa proibir modelos esquálidas no país. Segundo informou a ministra da Saúde Marisol Touraine na última segunda-feira (16), além de criar a possibilidade de multar a agência de modelos ou empresa de moda que contratar mulheres de aparência anoréxica, o projeto de lei ainda prevê prisão para os agentes e bookers que insistirem no assunto.
Um dos maiores centros mundiais quando o assunto é moda e estilo, a França irá se unir a Itália, Espanha e Israel, países que adotaram leis contra modelos magras demais nas passarelas ou em anúncios de propaganda no início de 2013. “É importante que as modelos digam que precisam se alimentar bem e cuidar da saúde, especialmente às jovens que vêem as modelos como um ideal estético”, disse a ministra francesa ao canal de televisão BFM.
À véspera de um debate no Parlamento sobre uma legislação de peso na área da saúde no dia 17 de março, Touraine declarou que o governo socialista deve apoiar duas emendas relacionadas com o peso das modelos. O projeto de lei obrigaria pesagens periódicas e multas de até 75 mil euros para quaisquer violações, e até seis meses de prisão para funcionários envolvidos, disse o parlamentar socialista Olivier Veran, que redigiu as emendas, ao jornal Le Parisien.
As modelos teriam que apresentar um certificado médico mostrando terem um Índice de Massa Corporal (IMC) de pelo menos 18, cerca de 55 quilos para 1,75 metro de altura, antes de serem contratadas para um trabalho e para algumas semanas subsequentes, declarou ele. As emendas do projeto de lei também propõem penalidades para qualquer publicidade que possa ser vista como incentivo à magreza extrema, em especial sites pró-anorexia que glamorizam estilos de vida prejudiciais à saúde.
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