Na voltas às aulas é importante levar sempre um lanche na mochila para a hora do intervalo. É comum ver crianças e jovens optarem por salgadinhos, refrigerantes, doces e outras “porcarias” para matar a fome. Mas na hora de ingerir esses alimentos eles não pensam nos males que eles podem fazer ao organismo.
Segundo a nutricionista Andréia Gomes Martins João, “salgadinhos e refrigerantes são produtos que oferecem ‘calorias vazias’, ou seja, não apresentam valor nutricional. O primeiro possui muita gordura e sódio, e o segundo é uma bebida rica em açúcar (já nas versões diet, light e zero, têm adoçantes artificiais), corantes, conservantes, além do ácido fosfórico que prejudica a saúde dos ossos. O consumo frequente desses produtos aumenta o risco de cáries, excesso de peso, flatulência (gases), osteoporose, agravo nos quadros de gastrite, aumento dos níveis de triglicerídeos sanguíneos e diabetes”.
Para contornar a situação, ela dá algumas opções de lanches saudáveis, com uma melhor qualidade nutricional: “Sanduíches naturais e frutas, em forma de suco ou in natura. No caso das cantinas, escolher salgados assados”. O que não pode é ficar sem comer. “O jejum prolongado contribui principalmente para crise de hipoglicemia (falta de glicose no sangue), levando a suor frio, tontura, tremores até desmaio. Além disso, pode causar dores de cabeça, falta de concentração, déficit de memória e prejuízo no aprendizado”, diz.
Mesmo assim, alguns alunos passam o período todo só tomando água para espantar a fome. Mesmo sendo importante para o corpo, a nutricionista alerta que a água “não possui caloria e nenhum nutriente, componentes essenciais para a saúde do nosso corpo, portanto ela não substitui o alimento. Ele é o veículo dos nutrientes que o corpo necessita para a prática das atividades do dia-a-dia, intelectuais ou físicas, formação de tecidos (cabelo, unha, ossos, cicatrização…) e manutenção de todas as reações químicas que ocorrem em nosso organismo, e que precisamos delas em equilíbrio para uma vida saudável. E a saciedade (“matar a fome”) só ocorre na oferta do alimento correto e na quantidade adequada”, conclui.