Pelo menos 47 pessoas ficaram levemente feridas e uma se encontra desaparecida no Japão devido ao tufão “Ma-on“, que na terça-feira tocou a terra na ilha de Shikoku e nesta quarta continua sua passagem rumo ao noroeste do país com chuvas torrenciais e fortes ventos.
O tufão, qualificado como “muito forte” pela Agência Meteorológica do Japão, se movimenta lentamente das ilhas de Kyushu e Shikoku em direção noroeste com precipitações que podem superar 1 mil milímetros e fortes ventos de mais de 144 km/h.
O “Ma-on”, que deve afetar Tóquio nesta quarta-feira antes de prosseguir em direção às zonas afetadas pela catástrofe de março, forçou a suspensão do transporte público em muitas províncias, atrasos nos serviços ferroviários e o cancelamento de dezenas de voos, informou a agência local Kyodo.
Além disso, cerca de 170 mil imóveis sofreram cortes temporários de eletricidade, enquanto algumas casas ficaram inundadas nas províncias de Shiga, Kochi e Wakayama (centro) e na ilha de Awaji (província de Hyogo), onde a água do mar bloqueou várias estradas.
A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, se prepara para a chegada do tufão à região nos próximos dias.
A Tepco instalou nesta terça-feira um teto metálico provisório sobre o edifício de turbinas do reator 3, cuja cobertura foi perfurada por uma explosão de hidrogênio pouco depois de o terremoto e o tsunami de 11 de março terem danificado a usina.
Com isso, a operadora pretende evitar que as precipitações aumentem ainda mais a quantidade de água radioativa acumulada nas instalações, um dos principais empecilhos para a solução da crise.