Tony Garrido
Créditos: divulgacao
Quem?!?!Cantor!
CIDADE NEGRA
Bola: A galera no Twitter quer saber o que aconteceu com o Cidade Negra.
Tony: Eu costumo dizer que a formação do “Cidade Negra” é muito feliz e vitoriosa. Foram 14 anos de um casamento sensacional. Me parece que o bom e velho “Cidade” continua na ativa mesmo sem a minha participação e, até onde sei, está com força total, como sempre foi. A banda não tem motivo para parar. Nós só mudamos o nosso caminho comum.
Pior: O seu caminho é mais chique.
Tony: Não tem esta de mais chique ou menos chique.
Pior: Você está caminhando para o condomínio particular, colega.
Tony: Sair foi muito triste para mim. Foram 14 anos de uma convivência muito maneira e vivi coisas que eu não imaginava viver.
BANDA BEL
Carioca: Você antes trabalhava na “Banda Bel”, não é?
Tony: Isso. Eu já estava a 7 anos na Banda Bel quando fui para o “Cidade Negra”. O histórico do “Cidade” é muito maneiro e eu lamentei muito quando eu saí, mas a vida segue.
O AMIGÃO
Pior: Você é amigão dos caras, tipo para um churrasco em casa? Tem isso?
Tony: Não tem. Quando nós estávamos juntos, trabalhando, nós éramos todos muito amigos, mas o engraçado é que a nossa amizade era de estrada. Quando a gente não estava na estrada, nós nem sabíamos o número de telefone do outro.
Carioca: Tem que dar uma atenção para a família também.
Tony: E quando eu resolvi sair, acabei perdendo contato geral. Tem um ano que eu saí do “Cidade” e há um ano não vejo nenhum integrante da banda. Acredito que no início por uma questão natural de afastamento e depois não vi mais ninguém , apesar do Rio de Janeiro ser uma cidade pequena. Mas eu sei que está todo mundo bem e “na ativa”.
SOLTEIRO NO RJ
Carioca: Por que o hit “solteiro no Rio de Janeiro” não dá certo em outro lugar, só no Rio?
Tony: Pois é. Este trecho do “Rio de Janeiro” dá para eu adaptar em qualquer para qualquer lugar onde eu esteja me apresentando, mas sabe que ela não dá certo mesmo em lugar nenhum. Não é só em São Paulo que não dá certo. Eu já testei em vários outros lugares e não rola.
Carioca: Esta música é uma febre no Rio.
Tony: Ela começa a tocar nas rádios a partir de setembro e vira uma febre durante todo o verão.
CARREIRA SOLO
Bola: A carreira solo tem sido mais difícil sem o “Cidade” já que as pessoas sempre lembram de você com o grupo?
Tony: Recomeçar é muito difícil e eu fiz questão de recomeçar. Eu não queria dar continuidade e só.
Bola: Se você continuasse, estaria sempre ligado ao grupo.
Tony: Estar ligado ao grupo para mim é uma honra, mas quando eu decidi seguir a minha carreira sozinho, eu não queria sustentar aquela figura do cara que já foi de uma banda conhecida e que acha que é isso que vai sustentar sua carreira. Eu acho que o importante é recomeçar, conquistar outros fãs, mostrar um som novo. Viver do passado não faz parte da minha vida.
Carioca: Mas a primeira música de trabalho do seu novo disco é meio retro.
Tony: Foi ótimo você falar disso porque todo mundo pensou assim e, na verdade, não é nada disso.
Bola: A música é um perigo, então.
Carioca: Eu tive a impressão que você “sangrou” ao deixar a banda.
Tony: O tema da música me fez “sangrar”. Esta música está relacionada ao orgulho de descobrir a raça negra. É uma canção dos anos 70 que eu adoro.
FAMA
Amanda: Eu lembro da época que você apresentava o Fama da Rede Globo, quando eu percebi que você é levemente vesgo.
Bola: O que tem a ver uma coisa com a outra?
Amanda: Não sei. Eu lembrei disso agora.
Tony: Sabe que eu descobri que sou estrábico vendo televisão? Não que eu seja vesgo, mas tem um músculo do olho direito que não vai para o lugar ao mesmo tempo do olho esquerdo.
Amanda: Tem alguma coisa no Fama que você achava brega?
Tony: Sim. Tinha algumas coisas que eu não gostava. Não que eu achasse ridículo, mas eu discordava da forma como era feito. O programa mostrava vários garotos disputando um espaço. É muito difícil colocar um conceito artístico em uma apresentação que tem que ficar pronta em uma semana. Até a coreografia é ensaiada.
Amanda: É a padronização dos ídolos.
Carioca: Mas este era o formato do programa. Era um reality.
Amanda: Aquilo não era um reality.
Tony: Era sim porque eles moravam e faziam tudo nos estúdios. Fora isso, tinha uma coisa bem bacana de prestar homenagens aos compositores das músicas que eram apresentadas.
Carioca: Se você prestar atenção, todos estes programas fazem os caras contarem da mesma forma.
Tony: O que eu acho errado é fazer programa de humor usando os jovens artistas.
CENTÍMETROS
Pior: Você se considera melhor cantor, apresentador ou jogador de futebol?
Tony: Aí você está me esculachando. Se eu jogasse bem futebol, eu não teria virado cantor. Se eu tivesse mais 20 centímetros, eu seria jogador de vôlei. Eu adoro esportes.
Carioca: Faltaram 20 centímetros.
Pior: Faltaram 20 centímetros aonde?