Testadora de produtos eróticos fala de sua profissão no Dia Internacional da Mulher


Créditos: Reprodução/Sexonico.com.br

No Dia Internacional da Mulher, o Virgula Inacreditável conversou com uma pessoa que faz um trabalho que, literalmente, daria prazer a muitas mocinhas. Depois de ter seu currículo escolhido entre 7 mil candidatas, a jornalista Mariana Blac, de 26 anos, virou testadora profissional de produtos eróticos e agora passa seus dias avaliando e dando dicas de brinquedinhos para a mulherada. 

Em entrevista exclusiva, ela conta que viu o post com o anúncio da vaga no Facebook de um amigo dela. Com já conhecia o site, que se tornou seu empregador, e sabia que eles gostavam de fazer brincadeiras do tipo “concurso de gemidos”, ela pensou se tratar de outra brincadeira. Mas no fim, decidiu mandar o currículo e acabou sendo contratada. 

“Sou jornalista. Trabalhava com redes sociais em uma agencia de publicidade até dez dias atrás, mas com a grande demanda gerada pela Mostra Internacional de Bonecas Infláveis preferi sair e me dedicar só ao site. Fui contratada para ser testador dos produtos, mas também faço o blog e as redes sociais. Acabo me envolvendo em tudo, porque acho um barato”, conta. 

Mariana diz que antes de ser profissional no assunto já gostava bastante dos brinquedinhos eróticos, mas nunca foi uma voraz consumidora. “Sempre gostei e já tinha usado alguns vibradorses, mas achava muito caro e não tinha ‘coragem’ de gastar tanto em algo do tipo. Agora como testadora, o uso é totalmente diferente, porque às vezes eu preciso usar várias vezes para ‘funcionar’, para entender o funcionamento do produto”, explica. 

Segundo ela, alguns dos itens que recebe são um pouco complicados e só com o manual de instruções não é possível, digamos, desfrutar de todos os seus benefícios. Por isso, ela usa mais de uma vez antes de fazer uma avaliação e publicar no site. 

Um dos produtos que ela testou e não botava a menor fé na eficácia foi o Construtor, um dos poucos bonecos infláveis, em meio à variedade de opções dedicadas aos homens. “Levei o boneco para casa e pensei, ‘isso não vai dar certo, o que eu estou fazendo aqui?’. Mas no fim rolou e de primeira! O negócio está todo na nossa imaginação, na nossa cabeça”, dá a dica. 

Apesar de parecer fácil, o trabalho de Mariana requer um tanto de paciência e bastante imaginação e ela explica como faz na hora do vamos ver. “Moro sozinha, mas s às vezes estou na casa dos meus pais, e para fazer o teste dos produtos precisa de um certo ‘ritual’. Tem que ter um contexto, criar um clima. Nem sempre estou com essa disposição, então acabo produzindo menos avaliações do que gostaria. Além disso tem TPM e coisas do tipo, aí nada funciona”, diverte-se. 

Mariana também conta que já testou produtos de forma errada e foi alertada pelos comentários no Facebook. “Fui testar o Liquid Shock (spray estimulante) e usei para o sexo oral, mas o produto não serve para isso. O gosto é horrível! Aí me falaram nos comentários que eu não usei do jeito certo”, conta entre risos. 

Sem compromisso com marcas ou fabricantes, ela dá a avaliação conforme o que realmente achou do produto. Por exemplo, a calcinha comestível, o estimulador de ponto G e o Octopussy (um polvo que promete levar as mulheres à loucura), receberam críticas negativas, já que não “funcionaram” com ela. 

Já quando fala do vibrador Rabbit, ela é só sorrisos. “Toda mulher deveria ter um e todo homem deveria vir com um acoplado. Mudou a minha vida. Sou fã dele e do Sqweel, um simulador de sexo oral com oito línguas”, brinca. 

A testadora profissional não tem namorado, e, normalmente, testa itens voltados apenas para meninas. Mas em algumas ocasiões já “pediu ajuda” para alguns amigos, e fez a avaliação de produtos que devem ser usados em parceria. “Os meninos se assustam um pouco quando chego com algum brinquedo, ficam intimidados. Eles sabem que eu vou ‘usá-los’ nos textos, então, ficam um pouco bravos ou perguntando se ele é o cara do artigo”, explica. 

Feliz com o cargo que ocupa há quase seis meses, ela diz que consegue aliar trabalho, prazer, diversão e jornalismo. “O enfoque que damos no texto é justamente para ajudar as mulheres a se descobrirem, porque, infelizmente, o sexo é tabu e muita gente vive mal por não ser bem resolvido com isso. Também tem gente que se incomoda pela minha naturalidade em falar do assunto. Mas espero que as dicas sirvam para deixar a mulherada feliz”, finaliza. 

As avaliações de Mariana são publicadas no www.sexonico.com.br/testadora-de-produtos-eroticos. 


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Testadora de produtos eróticos fala de sua profissão no Dia Internacional da Mulher