“Emily”, a quinta tempestade tropical da temporada de ciclones no Atlântico, mantém nesta quarta-feira seu trajeto por águas do oeste caribenho rumo à Ilha de Hispaniola (República Dominicana e Haiti), informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.
Segundo as projeções do NHC, com sede em Miami, o “centro da tempestade se movimentará nesta tarde e nesta noite pela Ilha de Hispaniola e na quinta-feira pelo sudeste das Bahamas e das Ilhas Turks e Caicos“.
As chuvas provocadas por “Emily” já afetam Porto Rico e o vértice da tempestade se encontra a 230 quilômetros ao sul-sudeste de Santo Domingo (República Dominicana), na latitude 16,6 graus norte e longitude 69,9 graus oeste, assinalou em seu boletim das 9h (de Brasília).
A tempestade mantém ventos máximos sustentados de 85 km/h, com rajadas mais fortes, e se desloca com uma velocidade de translação de 22 km/h.
“Um leve fortalecimento é possível antes que o centro da tempestade se desloque sobre terreno alto da Ilha de Hispaniola e se enfraqueça, para voltar a ganhar força ao deixar a ilha”, previu o NHC.
Está prevista uma mudança gradual de direção rumo ao noroeste nas próximas de 24 horas.
As previsões localizam o centro da tempestade daqui a cinco dias perto da costa leste da Flórida (EUA), por isso que os meteorologistas recomendaram aos moradores do estado que fiquem atentos à sua trajetória, já que provocará “fortes chuvas”.
O Governo das Bahamas emitiu uma vigilância de tempestade tropical (passagem do sistema em 48 horas) para a região central do país.
Permanece um aviso de tempestade (passagem em 36 horas) para República Dominicana, Haiti, Porto Rico, ilhas de Vieques e Culebra, sudeste das Bahamas e Ilhas Turks e Caicos.
Para República Dominicana, Haiti e Porto Rico estão previstas fortes chuvas que podem provocar “inundações perigosas e deslizamentos de terras em áreas montanhosas”, advertiu o NHC.
Nessa temporada de furacões na bacia atlântica, que começou em 1º de junho e termina em 30 de novembro, foram formadas cinco tempestades tropicais: “Arlene”, “Bret”, “Cindy”, “Don” e “Emily”.
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, por sua sigla em inglês) previu em maio passado a formação de entre 12 e 18 tempestades tropicais, das quais entre seis e dez poderiam se transformar em ciclones.
Entre três e seis desses furacões serão de grande intensidade, com ventos superiores a 178 km/h.