Um cidadão sul-coreano bateu nesta segunda-feira um caminhão contra a Embaixada do Japão em Seul sem que causasse danos pessoais, aparentemente em resposta a um ato de vandalismo cometido por um ultradireitista japonês contra um monumento sul-coreano.

 

 

O motorista do caminhão, de 61 anos, derrubou a porta principal do recinto da embaixada às 4h55 (hora local, 16h55 do domingo em Brasília) e imediatamente foi detido pela Polícia, informou a agência “Yonhap“.

Após sua detenção, confessou que realizou o ataque em protesto pelo ato de vandalismo perpetrado em junho por Nobuyuki Suzuki, ativista japonês de extrema direita, sobre um monumento dedicado a mulheres coreanas que o Exército japonês transformou em escravas sexuais durante a Segunda Guerra Mundial.

Suzuki colocou no monumento, situado especificamente em frente à embaixada do Japão, um poste de madeira no qual reivindica as disputadas Rochas de Liancourt no Mar do Leste (Mar do Japão) – administradas de fato pela Coreia do Sul – como território japonês.

A disputa por estas pequenas ilhotas, denominados Dokdo por Coreia do Sul e Takeshima pelo Japão, ainda gera tensões diplomáticas entre ambos os países.

A ofensa do ativista japonês, que posteriormente retornou a seu país e qualificou em seu blog como “prostitutas” as escravas sexuais, causou um grande rebuliço na Coreia do Sul, onde as feridas da colonização japonesa (1910-1945) não cicatrizaram.


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Sul-coreano joga caminhão contra Embaixada do Japão como protesto