Segundo pesquisa feita pelo Instituto de Psiquiatria do Kings College de Londres, os usuários de uma variação mais forte da maconha, conhecida como skunk, apresentam 18 vezes mais chances de sofrer problemas como psicose do que pessoas que usam outras formas da droga. Ao todo, foram analisadas 317 pessoas.
Informações de 197 pessoas foram encaminhadas para análise da pesquisadora-chefe do estudo, Maria Di Forte, que detectou que 112 tinham usado maconha em algum momento. Também foram analisados os dados de 120 pessoas, como parte de um grupo de controle especificamente destacado para a análise. Destas, 72 já tinham usado maconha.
Além disso, o estudo comprovou que os usuários de skunk possuem maior tendência a usar maconha convencional todos os dias. Na Grã-Bretanha, 70% a 80% das apreensões são de skunk.
Os efeitos do skunk são semelhantes aos da maconha: alteração do funcionamento dos neurônios e diminuição da concentração. Mas a grande diferença é a capacidade entorpecente, pois o skunk é três vezes mais forte que a maconha convencional.
Paul Morrinson, que também participou da pesquisa, alega que o skunk tem níveis mais altos de THC, causador de sintomas psicóticos, e mais baixos do composto canabidiol, que protege os usuários do efeito provocado pelo THC.
No entanto, a ligação entre doenças psicóticas e o uso de maconha ainda não foi provada de forma conclusiva. Mas esses dados a respeito do uso de skunk podem contribuir para novas pesquisas.
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