Todo mundo já deve ter ouvido pelo menos uma vez na vida uma avó ou até mesmo uma tia mais velha dizendo: No meu tempo, os homens eram muito mais românticos. Não existem mais cavalheiros como antigamente….
Tudo bem que, na época delas, a cultura, a educação e a tradição estimulavam os rituais românticos. As mulheres, por exemplo, não tinham tanta liberdade nem pra se impor perante os homens nem pra demonstrar os desejos e vontades delas. Por isso, cabia a eles a missão de conquistá-las, de envolvê-las, de agradá-las. Mas será que, com a emancipação feminina (pelo menos na teoria), o romantismo foi deixado de lado?
Atualmente, não é raro ouvir que mulher não gosta de caras que fiquem bajulando, distribuindo gentilezas. Frases do tipo mulher gosta de ser mal tratada, gosta de sofrer, correr atrás são ditas aos montes por aí.
Mas é só perguntar a elas pra saber que essas afirmações não são 100% verdade. A estudante Kátia Schiavetti, 21, é um exemplo disso: Eu gosto de caras românticos. É claro que não precisa ser nada exagerado, até porque tudo tem limites. Mas um pouco de romantismo é sempre bem vindo, afirma.
E o que seria esse exagerado a que ela se refere? Kátia mesmo responde: Ele não pode ser aquele tipo de cara que não liga, que não tá nem aí e que não faz nada por mim, mas também não pode sufocar e tentar agradar sempre, explica.
O estudante Matheus Caselato, 21, pensa que fazer coisas que agradem a ficante ou namorada vão além do romantismo em si. Acho que não é uma questão só de romantismo e, sim, de respeito. Não concordo que fazer coisas pra tentar agradar seja besteira e acredito que elas gostam disso. Mulher não gosta de cara grosso, marrento, garante.
Levar a garota pra um lugar legal, comprar um bom presente e pagar a conta da balada, por exemplo, ainda são algumas das atitudes românticas que as meninas, na maioria das vezes, aprovam. Mas o romantismo não existe só nas questões materiais. Ele, na verdade, se manifesta nos pequenos gestos, como dizer palavras bonitas, tratar com carinho, fazer gentilezas… Por isso, só não é romântico quem não quer, não é mesmo?
