Depois de sequestrar Ronald McDonald e exigir como resgate a simples resposta de oito perguntas, a organização alimentar terrorista FLA (ELA – Exército de Libertação Alimentar), publicou um vídeo com a execução do palhaço em uma guilhotina.
O grupo finlandês criou o site FreeRonald.org – disponível em várias línguas – e revelou o vídeo do sequestro de Ronald McDonald em uma lanchonete de Helsinque. Em seguida, outros vídeos mostravam as exigências do grupo, que pedia algumas respostas relacionadas à rede de fast-food McDonald’s, em um estilo muito parecido com os de organizações terroristas islamicas.
As perguntas do “resgate” são críticas contra a maximização dos lucros em detrimento à qualidade do alimento, além da falta de preocupação com o meio-ambiente e questões de saúde como a obesidade. Veja abaixo as oito perguntas do resgate.
1. Porque você não está aberto sobre os processos de fabrico, matérias-primas e aditivos utilizados em seus produtos? Do que você tem medo?
2. Quantas toneladas de resíduos não-recicláveis você produz por ano? Por que você não publica esse número?
3. Você opera com atores não-ético, como imigrantes ilegais? Por quê?
4. Por que você não assume a responsabilidade de suas conseqüências culinárias? Por que você não procura prevenir a obesidade, diabetes e seus ramificados falecimentos?
5. Por que você não usa só carne eticamente produzida? Você não acha que deveria ser uma meta para todos servir a carne de um animal que teve uma vida boa, limpa e livre de drogas? Por que não é este o seu objetivo?
6. Porque é que o custo de produção barata é o seu valor principal?
7. Você acha que seu único objetivo é maximizar os lucros de seus proprietários? O que você acha que aconteceria se você começar a produzir qualidade para seus clientes?
8. Você é grande e global jogador que atinge uma parte significativa de pessoas da terra. Por que você usa seu poder para com visão curta maximizar os lucros e não para criar um mundo melhor?
Tem alguns detalhes que podem denunciar toda a parada como um grande viral do próprio McDonald’s, apesar de ser um marketing um pouco às avessas.
A insistência dos ativistas em falar que adoram os lanches e fritas da lanchonete, o “I’m loving it” (Amo muito tudo isso) de cabeça para baixo no logo “árabe” do grupo, e o próprio nome Free Ronald (Libertem o Ronald) são exemplos que chamam atenção.
De qualquer forma, as questões colocadas pelo grupo são válidas e se chamarem a atenção para a qualidade da alimentação nos fast-foods do mundo e para a conscientização das pessoas, já valeu a pena o sequestro de um boneco.