Rita Trevisan
Créditos: Thiago Oliveira
Quem?!?! Jornalista, escritora e autora do livro “Manual de Sobrevivência no Namoro”
DEMONSTRAR QUE ESTÁ A FIM
Bola: Na nossa época, minha e do Emílio, era diferente. Mas agora, acho que a rapaziada está mais atirada, não é?
Rita: Eu acho. Acho que hoje em dia se tem mais liberdade para namorar e tal. E o livro fala um pouco disso também. Sobre como é esse momento de paquera, como é que a menina pode fazer para chamar atenção. E o caso contrário também. Vale para os meninos. Como chamar atenção, como fazer a ficada rolar, depois da ficada. Enfim, vai acompanhando a personagem em todos os momentos até o namoro.
Bola: Mas hoje em dia a mulherada tá mais atirada que o homem, não está?
Rita: Tá um pouco atirada mesmo. Mas é bacana, eu acho isso super positivo. Inclusive a gente fala sobre isso no livro, porque existe muita menina apaixonada que fica só imaginando como seria, mas ela tem que ir lá e mostrar que está a fim mesmo. Porque acho que essa coisa de ficar querendo que o cara adivinhe que você está a fim dele é meio complicado, né. Tem que ir lá, talvez não se declarar, mas deixar no ar que você realmente está interessada.
Emílio: Das meninas que você está falando?
Rita: Sim, eu acho que elas têm que ir lá e dar o primeiro passo
COMO SE APROXIMAR
Silveirinha: Mas homem não gosta de mulher que chega. Homem gosta de conquistar. Não é verdade?
Emílio: Isso.
Rita: Era isso o que eu ia dizer agora. Mas depende. Depende muito do jeito como você chega no cara. Isso é fundamental. Existem mil maneiras de chegar em um cara e dizer que você está a fim. Desde dizer “Ah, estou a fim, vamos ficar” e tal, até você, sei lá, pensar em uma cantada mais inteligente, tentar jogar um verde. Hoje em dia, com o Facebook e essas redes todas, ficou tudo mais fácil. Você olha lá o que o cara gosta e, de repente, você chega e comenta sobre esse assunto. Você não precisa chegar e dizer “ai, você é lindo. Vamos sair?”, só se você for super linda ele vai topar. A estratégia de aproximação faz diferença.
O LIVRO
Emílio: O seu livro é o que exatamente?
Rita: O livro é a história da personagem July. É o diário de uma adolescente. No começo do livro, a July nunca beijou, por exemplo, então a gente vai passar até por essa fase e assim vai até o final. Ela fica, namora, leva fora e tudo mais. Como o que acontece com todos nós em algum momento da vida. Mas além desse diário também tem várias dicas e testes. A gente fala sobre esses momentos difíceis, depois da ficada, depois do fora, enfim, coisas que a gente também fala na revista, também trouxemos para o livro. Que são essas coisas a respeito de relacionamentos.
Emílio: Eu acho que com relação a sentimentos e relacionamentos a gente está sempre aprendendo.
Carioca: Era exatamente isso o que eu ia falar. Você, Rita, indica e tal, mas você não acha que isso é de cada um? Porque por mais que a pessoa leia, você acha que ela realmente muda com isso?
Rita:Então, a gente tem muito retorno de meninas que leram e acharam bacana. No lançamento do livro, por exemplo, na bienal, veio um monte de meninas falaram que foi uma experiência legal e tal. Claro, cada um descobre o seu caminho, ninguém precisa seguir exatamente a cantada que tem ali no livro. Porque é preciso agir com naturalidade.
