Rastas passam a receber tratamento especial nas prisões da Inglaterra e do País de Gales, só que isso não inclui o uso da maconha. Com a religião oficialmente reconhecida na prisão, estão sendo entregues aos presidiários seguidores do rastafarianismo um kit com CDs de Bob Marley, tambores e chocalhos. De acordo com o censo de 2011, quase oito mil rastafáris estão presos em cadeias britânicas.
A mudança na política veio após um detento não identificado apelar para um Ouvidor de Justiça, Nigel Newcomen. A autoridade concluiu que as penitenciárias violavam a Lei da Igualdade de 2010 e exigiu que o Rastafarianismo fosse reconhecido. Assim, um novo conjunto de regras para os diretores de prisões foi posto em prática em novembro.
Aos rastas são permitidos quatro dias de férias do trabalho na prisão a cada ano para celebrar festivais. Um pacote de recursos ainda inclui cruzes etíopes e CD ou DVD de percussão, música e canto Rastafári, incluindo faixas de reggae de Bob Marley, além de um conjunto de tambores especiais, chocalhos e outros instrumentos de percussão. Os prisioneiros recebem também uma pequena bandeira rastafári, uma imagem do ídolo Haile Selassie (antigo rei da Etiópia), com uma seleção de seus discursos, e uma cópia do livro sagrado do Rastafarianismo.
No entanto, a cannabis sativa ainda é proibida. Apesar de muitos rastafáris usarem maconha como sacramento ou por motivos pessoais, na maioria dos países, incluindo no Reino Unido, a substância não é legalizada e, na prisão, não é permitida em nenhuma circunstância.