Fotos da segunda temporada de Mundo Selvagem
O apresentador e biólogo Richard Rasmussen perdeu, há três meses, uma ponta de dedo por causa da mordida de um jacaré, ao ajudar o veterinário a tirar um anzol da boca do animal, no Pantanal. O aventureiro, que, na próxima quinta-feira (23), estreia a segunda temporada de seu programa Mundo Selvagem (Nat Geo), não está chateado. Ele diz que seu amor ao trampo é maior que o medo de acidentes.
“Olha aqui. Está sarando. Foi só a ponta”, disse o biólogo, ao Virgula, ao mostrar o dedo médio da mão direita no evento de lançamento da nova temporada do programa. “Faz parte. Eu trabalho com fauna há 25 anos, então isso é um tributo que paguei com prazer. É como um marceneiro martelar o dedo. Eu trabalho com animais selvagens todos os dias e estou exposto a situações como essa. Posso dizer que isso é até pouco se considerarmos a intensidade do meu trabalho. Foi um acidentezinho”.
Na segunda temporada de Mundo Selvagem, série com seis episódios, Richard viaja ao continente africano para mostrar espécies animais e culturas de povos locais. As gravações se estenderam por quatro meses de 2014, em nove países diferentes (30 mil quilômetros percorridos por terra).
Logo no primeiro episódio, Richard manipula uma naja cuspideira moçambicana, capaz de cegar uma pessoa atirando veneno de uma distância de três metros. Ele também acompanha o trabalho de guardas florestais em uma reserva com rinocerontes na África do Sul e observa hipopótamos em Moçambique.
E por que ele insiste em se submeter a tantos perigos? “Eu sou extremamente feliz com o que faço. Quando arrumo minha mala e sei que vou ter uma experiência nova, anseio muito por ela. Me sinto muito mais seguro na vida selvagem do que na cidade. Na selva, você pode tomar cuidado e ter o controle da situação. No ambiente urbano, um ladrão pode matá-lo por um celular ou invadir sua casa”.
“Na gravação dessa segunda temporada, a experiência mais punk que tive foi manusear uma mamba, que é uma espécie de serpente muito venenosa, grande e rápida. Outra coisa de que eu nunca vou esquecer foi ter sentado ao lado de um gorila da montanha [animal muito raro que reside no parque nacional Virunga, no Congo]. Isso não tem preço. Ele olhava nos meus olhos, a três metros de distância, como me dizendo ‘eu estou permitindo que você esteja aí'”.