Rachel Ripani
Quem?!?!Atriz global!
NOVELA GLOBAL
Emílio: A novela “Caras e Bocas”, onde você trabalha, faz mais sucesso que a novela das 8. Rachel: E do que o Jornal Nacional também.
Emílio: Eu nunca assisti esta novela.
Carioca: Grava um capítulo.
Emílio: Hoje em dia, a gente sai do emprego muito tarde. Ninguém mais vê novela.
Rachel: Por isso a novela está fazendo sucesso. A maioria das pessoas está chegando em casa no horário dela. Ou, quem já está em casa, assiste fazendo a janta. O horário das 7 é bem complicado. Pior até que o horário das 6, porque neste horário as velhinhas já estão em casa.
Emílio: É verdade que a audiência é melhor que a novela das 8?
Rachel: Ela tem picos de audiência muito bons. Um dia, deu 41 pontos. Para o horário dela, é motivo de felicidade para nós.
Pior: Também, como o elenco dela: Marcos Pasquim, Sergio Marone…
Rachel: Henri Castelli…
Pior: As “bibas” não vão nem para a academia neste horário.
VOZES
Carioca: Esta mulher canta muito.
Emílio: Eu sei. E ela é locutora de vários comerciais.
Rachel: É muito gostoso trabalhar com a voz. Eu adoro.
Emílio: Você também dubla filmes?
Rachel: Não. Eu só faço o que dá dinheiro. Publicidade…
Emílio: Filme é muito difícil?
Rachel: É maravilhoso fazer, mas o salário é bem menor.
Emílio: Qual é a média de comerciais que você faz?
Rachel: No momento, o mercado está ruim, mas já cheguei a fazer três comerciais por semana.
EM CARTAZ
Bola: Foi difícil produzir a sua peça sobre o abuso sexual infantil?
Rachel: Esta peça está em cartaz no Teatro Imprensa, em São Paulo e fala sobre todo tipo de abuso infantil. No ano passado, fiquei chocada com a história da Isabela. É realmente difícil falar sobre estas coisas que machucam, mas é nosso papel. Foi difícil fazer, mas vale muito à pena.
Amanda: Que tema pesado.
Rachel: É pesado, mas é legar de ver. Não tem melodrama.
Emílio: Você não acha que a mídia é culpada por estes casos?
Rachel: Sim, quando mostra as imagens até não poder mais.
Amanda: Acho que não é culpa da televisão.
Emílio: É sim.
Amanda: É culpa da convergência das mídias.
Emílio: No futuro, as pessoas vão morrer de depressão.
Amanda: Eu sofro disso todo dia.
