Um preso condenado há 21 anos de cárcere por estupro, assassinato e canibalismo achou que estava gordo demais, após 12 anos na cadeia, e solicitou uma cirurgia de redução de estômago. O homem não só foi atendido, como teve todas as despesas pagas pelo sistema público de saúde britânico, fato que chocou a população.
A intervenção cirúrgica realizada em Graham Fisher, de 39 anos, custou R$ 26 mil reais e foi realizada em um hospital privado, tendo todas as despesas pagas pela NHS (o SUS da Inglaterra).
O preso estava pesando 146kg e alega que a culpa de seu peso extra é da dieta à base de batatas fritas e bolos, servidos no hospital psiquiátrico para onde foi transferido há dois anos. Para deixar os ingleses ainda mais irritados, as despesas do preso/paciente podem custar o dobro, dependendo de quanto tempo levar sua recuperação no hospital particular, que fica em Oxfordshire.
Fisher foi preso em 1998 e confessou o assassinato e estupro de duas mulheres (Clare Letchford, 40 anos, e Beryl O’Connor, 75 anos), que também foram queimadas e tiveram parte de seus corpos devorados por ele; tentativa de assassinato e estupro de uma estudante de 19 anos em um trem; e estupro de uma mulher de 40 anos, ocorrido em Londres no ano de 1991.
O criminoso foi descrito como “sexualmente sádico” pelo júri e chegou a confessar que sentia emoção ao ver uma vítima assustada. “Elas pareciam muito assustadas, isso realmente me excitava ainda mais”, confessou.
Em defesa do preso (e para justificar o procedimento cirúrgico), um porta-voz da West London Mental Health NHS Trust, que está a cargo do hospital em que Fisher está preso, disse: “As pessoas que recebem tratamento para a doença mental têm direito ao mesmo nível de cuidados que qualquer outra pessoa”.
Representantes da opinião pública alegam que o hospital psiquiátrico deveria ter monitorado a alimentação do preso para que não precisasse de uma cirurgia cara.