A presidenta Dilma Rousseff se tornou nesta quarta-feira (21) a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Por tradição, desde a primeira sessão, em 1947, o Brasil inicia os debates da ONU, antes do discurso do presidente anfitrião da cerimônia, que neste caso foi Barack Obama.
No evento, realizado em Nova York, nos EUA, a presidenta ressaltou o orgulho que estava sentindo em viver esse momento histórico e afirmou ser este o século das mulheres. “Pela primeira vez uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo”, disse.
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Durante um dos momentos mais emocionantes de sua fala, a presidenta disse: “Sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer aos seus filhos. Aquelas que padecem de doenças e não podem se tratar. Aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar. Aquelas cujo trabalho no lar cria as gerações futuras. Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que ousaram participar da política e da vida profissional, e conquistaram o espaço de poder que me permite estar aqui hoje. Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade. ”.
Dilma foi bastante aplaudida em seu discurso, que ainda incluiu a defesa de uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, a crise econômica mundial e o reconhecimento do Estado Palestino.