Fora dos estádios da Copa do Mundo e longe das multidões nas ruas, alguns torcedores guardam manias excêntricas que dizem ser “fundamentais” para garantir a vitória da seleção na semifinal de amanhã contra a Alemanha.
Além das manias, algumas crenças podem ajudar, segundo torcedores aficionados, como usar a mesma camiseta sem lavar, fazer figas antes das cobranças de faltas, entre outros.
Laurinda França, por exemplo, tem 84 anos e, desde a Copa de 2002, congela os nomes dos jogadores adversários do Brasil no freezer.
“Peço para meus netos escreverem o nome dos jogadores em pedaços de papel e os coloco embaixo de bastante gelo um dia antes da partida para que eles fiquem paralisados no dia do jogo”, ensina a aposentada, que lamenta a lesão de Neymar, mas “põe fé na simpatia”.
Além de congelar os nomes, a paranaense Juliana Spinardi aprendeu a congelar a camisa da seleção adversária: “Isso dá uma gelada nos jogadores”, brinca.
Outra “arma” é rezar para o santo de devoção: “O Santo Expedito é o santo das causas urgentes e é brasileiro, por isso antes e depois do jogo rezamos para ele iluminar os jogadores brasileiros”, conta a professora Carolina Fogaça, que só assiste ao jogo em família e em casa para fugir da torcida adversária.
A advogada Flávia Santos concorda que o lugar para assistir os jogos faz toda a diferença. “Na minha família, todos sentamos nos mesmos lugares em todos os jogos, e alguns usam a mesma roupa”, lembra aos risos.
O estudante Mateus Leite acrescenta: “Não dá para lavar a camisa da seleção! A não ser que a seleção jogue mal, aí tem que lavar e pôr para secar do lado da bandeira do Brasil”.
Além de congelar, vestir a camiseta do lado avesso ou sem lavar, ainda há a simpatia de esquentar os jogadores. É só colocar os nomes da seleção adversária no forno micro-ondas ou no forno para torrar, de acordo com a crendice do estudante e apaixonado por Copas, Leonardo Ortiz.
Já Guilherme Teixeira, também estudante, está certo de que não usar a mesma camiseta da seleção nos jogos dá azar, pois o duelo com o Chile, resolvido nos pênaltis, foi o único jogo desde 2006 que ele não usou a camisa da seleção.
“Eu uso a mesma camiseta do Brasil, do Ronaldinho, da Copa de 2006, em todos os jogos. Não sei se vai realmente mudar alguma coisa, mas não faz mal usar, vai que ajuda né?”, comenta.