O jogo eletrônico “Favela Wars”, que simula uma guerra entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro, volta a criar polêmica com o lançamento de uma nova fase, cujo cenário é o Complexo do Alemão, com direito a teleférico e uma simulação do “micro-ondas” do tráfico, gíria usada pelos criminosos para se referir a uma pessoa sendo queimada em pneus.
O game, cuja versão teste foi lançada em abril e já tem mais de 100 mil usuários registrados, acontece em 2041. Na história, quem joga como bandido deve proteger o morro para manter o controle, enquanto quem joga como policial tenta tomá-lo.
“Com essa realidade tão brasileira, o ‘Favela Wars’ foi muito bem aceito. Acreditamos que tenha sido pelo motivo do tema fazer parte do cotidiano dos jogadores”, declarou Dan Eisenberg, idealizador do game, em comunicado divulgado pela empresa nesta segunda-feira (15).
A ideia de fazer o polêmico jogo surgiu em 2011, quando Eisenberg ficou preso no trânsito na Linha Vermelha, próximo a um tiroteio entre bandidos e a polícia.
“Se você acha que quem joga videogame vai sair por aí dando tiro, então você também acredita que quem fica jogando Farmville no Facebook o dia inteiro vai virar fazendeiro”, escreveu a empresa em comunicado enviado à imprensa na época do lançamento do jogo em abril.
A empresa afirma ainda que faltam de quatro a seis meses para o lançamento da versão final e, nesse meio tempo, garante ter sido procurada por possíveis investidores, embora seus nomes ainda não possam ser revelados.