Qual é a sua: você é emo, rock n’ roll, pagodeiro, surfista ou forrozeiro? Ah, você já foi um pouco de cada, mas hoje curte mesmo trance. É verdade que cada um destes movimentos junta milhões de fãs, que, muitas vezes, pulam de um para o outro. Conseqüentemente, mudam os cabelos, jeito de se vestir e, até, a forma de viver.

Muitos jovens têm vergonha de admitir que mudaram seu estilo de vida, mas, as fases pelas quais eles passam são absolutamente normais e aceitáveis. “Quando eu tinha uns 15 anos era roqueiro, comecei a tocar guitarra e formei uma banda. Aos 17, comecei a ir pra balada e curtir techno. Não durou muito. Com 18 eu só ouvia pagode. Eu detestava admitir essas mudanças e as pessoas diziam que eu era ‘maria vai com as outras’. O mais engraçado é que, hoje, com 20, eu ouço um pouco de tudo isso e aquele preconceito de antes, com outras galeras, não rola mais”, diz Marcos Júnior, estudante de engenharia.

É verdade, também, que outros mudam, mudam e se orgulham disso. “Até Raul (Seixas) disse que prefere ser uma metamorfose ambulante. Eu tive várias fases na minha vida e me orgulho de cada uma delas. Só serviram para eu aprender cada vez mais. Isso não quer dizer que eu não tenha personalidade”, afirma Luis Henrique, operador de telemarketing, 23 anos.

Há também aqueles que são verdadeiros camaleões. “Eu não tenho, e nunca tive, nenhum estilo definido. Me dou bem em qualquer ambiente. Vou a micaretas, raves, bares de rock e pagode. Pra mim não tem essa de grupinho, o importante é estar com as pessoas que você gosta”, é o que diz a designer de interiores, Carla Cavalcanti.

Mudar ou não mudar é uma escolha individual. É mais importante saber que isso pode não ter nada a ver com falta de personalidade, mais sim com a descoberta de uma. “A melhor coisa da minha vida foi descobrir quem eu sou de verdade. Para isso, eu passei por muitas fases, que nem sempre são boas”, diz Bruna Dantas, estudante de psicologia.


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Personalidade: e aí, você já definiu a sua?