O papa Francisco foi nesta sexta-feira (28) a um dos confessionários da Basílica de São Pedro do Vaticano para se confessar de joelhos durante o Rito da Reconciliação que realizou no templo, prévio ao quarto domingo de Quaresma.
O papa desceu do altar da Basílica, sob o dossel barroco, e, após tirar a roupa roxa, símbolo de preparação quaresmal, foi a um dos confessionários da nave central, onde se ajoelhou. Deste modo era possível ver publicamente como o pontífice, usando somente uma vestimenta branca, além do solidéu, se confessava perante um sacerdote durante cerca de dois minutos e meio.
O gesto do pontífice aconteceu antes que ele e outros sacerdotes começassem a escutar a confissão dos muitos fiéis congregados.
A cerimônia inaugurou a iniciativa “24 horas para o Senhor”, promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, na qual múltiplas dioceses de todo o mundo confessarão em concomitância até este sábado (29).
O pontífice foi o encarregado de presidir a cerimônia e, durante a homilia, reiterou sua chamada à conversão, “a mudar de vida”.
“Converter-se não é questão de um momento ou de um período do ano… é um compromisso que dura toda a vida. Quem, entre nós, pode pensar que não é pecador? Ninguém”, afirmou.
Para ajudar os penitentes neste dia de confissão, a Prefeitura da Casa Pontifícia distribuiu um livro entre os congregados que contém um esquema com perguntas sobre todos os âmbitos da vida cotidiana que as pessoas devem realizar antes de comparecer ao confessionário.
O exame de consciência cotidiano é um dos pilares da espiritualidade de Santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas, a ordem religiosa à qual pertence o papa. Em entrevista concedida ao jornal italiano “Il Corriere della Sera” no dia 5 deste mês, o pontífice declarou que se confessa “pelo menos, a cada 15 dias”.