A condenação a 300 chicotadas e quatro anos de prisão do ativista saudita Omar el Said é um exemplo das “políticas de tolerância zero da Arábia Saudita contra as críticas ao seu governo”, disse à agência Efe neste domingo o investigador Human Rights Watch (HRW) para o Oriente Meio, Adam Coogle.

Said foi condenado na quinta-feira por um tribunal saudita em uma audiência secreta por ter pedido o estabelecimento de uma monarquia constitucional na Arábia Saudita, denunciou no dia seguinte em comunicado a Associação de Direitos Civis e Políticos (ACPRA), da qual Said é membro.

“A Arábia Saudita sempre realiza este tipo de políticas intimidatórias, com detenções e penas de ativistas que lutam pelos direitos humanos e exercem seu direito à liberdade de expressão”, ressaltou Coogle.

No mesmo comunicado a ACPRA denunciou que a Justiça saudita é incapaz de proteger os direitos do acusado, e chamou o ministro saudita do Interior, Mohammed bin Nayef, de “iludido por crer que o chicote atemoriza o resto de membros da associação e os afasta de continuar com a luta”


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ONG de direitos humanos critica condenação de ativista saudita a 300 chicotadas

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