O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu nesta segunda-feira que o regime do líder líbio, Muammar Kadafi, “está chegando a seu fim“, mas advertiu que ainda há elementos que representam perigo.
Em declaração, Obama, que se encontra de férias na ilha de Martha’s Vineyard, em Massachusetts (EUA), assegurou que seu país será um parceiro e um amigo no processo de transição e ressaltou que “a Líbia que os líbios merecem está a seu alcance”.
Os combates no país árabe, acrescentou o presidente americano, “não acabaram” e ainda ficam elementos do regime que podem produzir “novos derramamentos de sangue”. “Mas há algo que está claro: o regime de Kadafi está chegando a seu fim e o futuro da Líbia se encontra nas mãos de seu povo”, destacou o presidente americano.
Após pedir aos partidários do regime de Kadafi a entregar suas armas e render-se “pelo bem da Líbia”, exortou também à oposição a liderar uma transição “pacífica e justa” na qual se respeitem os direitos de todos os cidadãos sem exceção.
“Os EUA serão um parceiro e um amigo no processo de transição à nova Líbia”, afirmou Obama, que assegurou que seu país dará todo seu apoio possível no aspecto humanitário. Neste sentido, indicou, deu instruções a seus funcionários para determinar “que passos diretos podemos dar e como podemos fazer chegar provisões àqueles que o necessitam, especialmente os feridos“.
Também instruiu a sua embaixadora perante a ONU, Susan Rice, que solicite ao secretário-geral, Ban Ki-moon, que a próxima Assembleia Geral da ONU, marcada para setembro se dedique ao apoio à nova Líbia.
O presidente americano louvou também o papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que nos últimos seis meses protegeu a zona de exclusão aérea na Líbia como parte do mandato da ONU de socorrer os civis nesse país.
O êxito alcançado, ressaltou, evidencia “tudo o que podemos conseguir quando atuamos juntos”.
O presidente do Conselho Nacional de Transição da Líbia (CNT), Mustafa Abdel Jalil, deu por terminada em Benghazi a era de Muammar Kadafi após 42 anos e, poucas horas depois do anúncio da queda do regime, fez uma chamada aos rebeldes para que mantenham a calma.
