Quem não se lembra do caos que rolou no dia 11 de setembro de 2001? Pois é, mas o atentado ao World Trade Center não abalou só os EUA, como também o Islamismo, religião de origem árabe que começou a ser vista com maus olhos pelo ocidente depois desse dia.
Seis anos depois da tragédia, o Virgula decidiu investigar essa má fama do Islã e acabou descobrindo que não é nada disso. A crença, inclusive, não está concentrada no oriente e não abrange apenas fanáticos não. Aliás, o Islamismo é a segunda religião mais numerosa do mundo, atrás apenas do cristianismo.
Só no Brasil existem cerca de 1 milhão de muçulmanos, muitos deles são brasileiros convertidos. Falimah El Zatuin, por exemplo, é uma jovem de família cristã e ascendência portuguesa que resolveu se converter: Fui encaminhada à Liga da Juventude Islâmica por um amigo. Eu gostava do arabismo, mas nem conhecia o islamismo. Um dia perguntei a esse amigo como era esse negócio de ser muçulmano. Pensava que era terrorismo, mas ele explicou que não é assim e me levou para conhecer a Liga. Eu gostei muito e me reverti., conta.
A Liga da Juventude Islâmica Brasileira funciona em São Paulo e realiza projetos sociais e aulas de árabe com o intuito de divulgar a religião. Cerca de 200 jovens freqüentam o lugar e, segundo Falimah, a maior parte é de família brasileira que decide se reverter: A maioria das pessoas vem parar aqui por pura curiosidade. A mídia, por mais que deturpe a imagem do Islã, acaba trazendo gente curiosa para entender porque alguém faria uma coisa dessas, que descobre que não é nada disso e fica por aqui.
Falimah também lembra que é difícil conciliar a vida ocidental com o Islamismo. A religião tem certas regras que entram em conflito com a rotina corrida do jovem brasileiro, como a de rezar 5 vezes por dia ou de jejuar por 24 horas no mês Islâmico, dia em que os muçulmanos também não podem fazer sexo: A gente mantém contato com essas pessoas que acabam ficando impossibilitadas de seguir os pilares para que não se sintam sozinhas. Os muçulmanos vivem a vida presente pensando na vida futura, pós morte, a fim de conquistar seu lugar no paraíso.