Uma comissão da secretaria de saúde de Nova York aprovou nesta quinta-feira (13) a proposta do prefeito da cidade, Michael Bloomberg, de proibir a venda de refrigerantes e bebidas doces de tamanho grande em restaurantes, cinemas, carrinhos de rua e outros estabelecimentos para lutar contra a obesidade entre os moradores da cidade.
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Os responsáveis pela saúde de Nova York aprovaram, por oito votos a favor e uma abstenção, o veto à comercialização dos refrigerantes em embalagens superiores a 464ml, um plano sugerido por Bloomberg há menos de quatro meses e que entrará em vigor em março do ano que vem.
“As provas deixam muito claro que as bebidas doces estão contribuindo para uma epidemia de obesidade”, disse Sandro Galea, um dos nove membros que participaram da votação, ao dar “sim” como resposta.
O Departamento de Saúde da cidade divulgou informações dizendo que até agora tinha recebido 32 mil cartas de apoio à proposta, enquanto apenas 6 mil cartas eram contra a questão.
A proposta, a primeira deste tipo que é aprovada nos Estados Unidos, afetará salas de cinema, estádios esportivos, restaurantes, cadeias de fast-food e pontos de venda popular, embora não inclua supermercados.
A proibição abrange desde bebidas energéticas até os refrigerantes gasosos e chás gelados, mas não atinge bebidas que contenham menos de 25 calorias, como as águas vitaminadas e chás sem açúcar.
“A nova medida sobre bebidas doces em Nova York é o maior passo que qualquer governo tenha tomado para lutar contra a obesidade”, disse nesta quinta-feira o prefeito nova-iorquino, que assegurou que esta proibição “vai ajudar a salvar vidas”.
Bloomberg lembrou, através de sua conta no Twitter, que a obesidade é a segunda principal causa de mortalidade que pode ser evitada, ficando apenas atrás do tabaco, e a cada ano mais de cinco mil nova-iorquinos morrem por conta do peso avançado.
Segundo enquete publicada pelo jornal “The New York Times“, 60% dos cidadãos se opõem à medida e apenas 36% consideram uma boa ideia.
Os fabricantes de refrigerantes foram outros que rejeitaram a medida, e para isso criaram um movimento de mais de mil membros chamado “Nova-iorquinos pela livre escolha de bebidas”, que arrecadou até agora mais de 256 mil assinaturas para tentar evitar a proibição.