Nova York comemora, nesta quarta-feira (27), dez anos sem fumaça em seus bares e restaurantes graças a uma lei pioneira que, segundo seu incentivador, o prefeito Michael Bloomberg, gerou uma onda de medidas similares no resto dos Estados Unidos e em outros países.
“As inovadoras políticas para melhorar a saúde pública em Nova York foram e continuarão sendo um modelo a ser seguido pelo resto do mundo”, disse hoje Bloomberg em entrevista coletiva no bar Old Town, que na época se opôs à legislação por considerar que afetaria seus negócios.
Segundo o prefeito, desde que foi proibido o fumo em bares e restaurantes da ‘Big Apple’, em 2003, mais de 500 municípios e 35 estados dos Estados Unidos, assim como 49 países, “seguem os passos” da cidade, aprovando normas similares.
Bloomberg lembrou que a porcentagem de fumantes em Nova York baixou de 21,5% em 2002 até 14,8% em 2011, a esperança média de vida alcançou um recorde histórico de 80,9 anos e o nível de emprego nos bares e restaurantes aumentou 48% durante esse período.
“Dez anos depois, os nova-iorquinos fumam menos e vivem mais, nossas indústrias prosperam e ninguém quer o retorno dos bares e restaurantes cheios de fumaça”, disse o prefeito, que chegou a ser apelidado de “babá Bloomberg” por suas contínuas políticas para tentar melhorar a saúde dos cidadãos.
A última campanha contra o tabaco, promovida pelo prefeito desde 2002, tenta fazer com que os maços de cigarros estejam fora do campo de visão dos clientes em lojas para evitar que os mais jovens fiquem expostos a esse “marketing”.
Desde que há dez anos foi proibido fumar em bares e restaurantes, as restrições foram sendo expandidas até abrangerem em 2009 as entradas de edifícios e hospitais, e, em 2011, os parques, praias, praças públicas e lugares históricos da cidade.